| 16/06/2009 12h10min
Carcaças de carros velhos, pedaços de veículos enferrujados e sem pintura se espalham por um trecho da Avenida Bernardino Silveira Pastoriza, no bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre. A vizinhança se incomoda porque os carros ocupam a via, obrigando os pedestres a cruzarem pela rua para transitar. Enquanto isso, o dono do ferro-velho rebate:
— É uma coleção de veículos, uns carros de uns 30 anos. Tem até um Dodge Coronet 1951.
A reclamação dos moradores vai além da ocupação das vias. Fala-se em lixo acumulado entre as carcaças, que viram esconderijo para assaltantes e usuários de drogas. O mecânico não aceita as denúncias.
— Os vizinhos atiram o lixo, eles mesmos jogam lixo. Se tem casa bonita (dos moradores) e carro velho do lado, eles não gostam. Isso é perseguição. Sou um vizinho bom, e eles se invocam
com quem é bom. Para quem é traficante, eles
baixam a cabeça.
Uma pessoa que reside no local conta já ter sido assaltada duas vezes. A vizinhança já foi até o homem para reclamar da situação.
— Uma mãe um dia achou o filho fumando crack num carro — relata essa pessoa, que não quis se identificar por medo de represálias.
O mecânico, que disse atuar no local desde os anos 70 e não soube informar quantos automóveis há no terreno, admitiu que ocupa indevidamente a via. Ele prometeu dar um jeito nisso.
— Eu estou limpando a área desde o Natal. Vou tirar, sim.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que a reclamação foi encaminhada ao posto de controle da Zona Norte. Será intensificada a fiscalização na região quanto à ocupação das vias por veículos, o que, segundo a EPTC, causa insegurança aos pedestres.
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