| 20/05/2009 11h11min
Um dos símbolos da formação da capital gaúcha amarga na escuridão das noites da cidade e se deteriora com a ação do tempo, da ferrugem e do vandalismo. As luminárias que existiam em torno do Monumento aos Açorianos foram furtadas e as caixas de proteção viraram depósitos de lixo.
Sem iluminação, a atividade dos pichadores foi facilitada. Pior do que isso, o próprio monumento, construído em 1973 para exaltar a colonização açoriana em Porto Alegre, foi transformado em ponto para esconder drogas. Um buraco na estrutura serve para tanto, o chamado "mocó", conforme relatos de quem circula pela área.
O setor de monumentos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) informou nesta quarta-feira que o assunto já está sendo tratado. Falta somente definir os valores para que as luminárias sejam recuperadas e seja feita uma limpeza no monumento. Quanto ao
buraco que esconde drogas, a
responsável pelo setor, Cibeli do Carmo, disse que ele é constantemente fechado, mas voltam a abri-lo logo a seguir.
Lamentos
Quem costuma passar pela região conhece bem o problema e lamenta o estado da obra, criada pelo artista Carlos Tenius. O servidor público Paulo Barrionuevo, 51, trabalha no Centro Administrativo, em frente ao monumento, e passa por ali diariamente. No caminho, vê diversas situações.
— De manhã, não sei se o pessoal dorme ali, porque vive urinado. É central de puxação de fumo também, e jogam futebol no local.
O técnico de instalação de sistemas de segurança Felipe Fagundes Rezer, 20, comenta que a obra está "largada". Ele mora em Viamão e passa seguido de ônibus pela Praça dos Açorianos, na Avenida Borges de Medeiros.
— Pessoas ficam jogadas na frente das luminárias. Não tem policiamento de noite e não se enxerga nada. Por isso, é perigoso (passar por
ali).
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