A delegação colorada foi recepcionada por cerca de 150 torcedores na tarde desta quinta no Aeroporto Salgado Filho, em sua maioria jovens que queriam ver de perto os jogadores e conseguir uma foto ou um autógrafo. A situação era tranqüila até o momento em que os jogadores apareceram no saguão por volta das 17h.
 
Um dos primeiros a passar foi Alex. O craque colorado foi escoltado por três seguranças particulares do clube, que apressavam a passagem do jogador pelo meio de torcedores e repórteres. O mesmo ocorreu quando a reportagem tentou ouvir Edinho, que foi protegido pelo trio. Mas o excesso de segurança virou truculência na saída de Nilmar. Um cinegrafista foi atingido no rosto, ao ser empurrado, além de torcedores que reclamaram do tumulto.
 
O volante Magrão foi um dos únicos que pediu calma para atender torcedores, que queriam foto e autógrafos, e a imprensa:
 
– Calma, calma. Eu vou falar com eles – disse o jogador aos seguranças.
 
Por telefone, o vice de futebol Giovanni Luigi pediu ao vice de administração Décio Hartmann que possibilitasse aos jogadores o "contato epidérmico" com a torcida e com jornalistas no desembarque. Mas com o intuito de resguardar a integridade física dos atletas na aglomeração, Hartmann enviou seguranças para facilitar a saída dos atletas:
 
– Alguns, como Alex e Nilmar, tinham pressa e queriam sair rápido para seus compromissos pessoais. Não era problema em dar entrevistas. Era pressa em função do horário – disse o vice de administração, que não sabia do excesso empregado pela segurança na chegada da delegação.
 
Décio Hartmann prometeu apurar a questão do excesso de truculência dos seguranças.