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 | 18/04/2008 08h33min

Jogadores admitem: Inter é dependente de Fernandão

Ausência do capitão foi apontada como fator decisivo na derrota para o Paraná

Na cerca do gramado suplementar, a torcida gritava ontem o nome de Fernandão. Não só o time do Inter sentiu falta do capitão, na noite de quarta-feira, durante a derrota por 2 a 0 para o Paraná, pela Copa do Brasil. Também os visitantes do Beira-Rio parecem pedir seu retorno no próximo domingo, às 16h, contra o Caxias, na decisão das semifinais do Gauchão

– Só vêem isso quando a gente perde. Por isso, quando o Fernandão se aposentar, não apenas o Inter vai ser prejudicado. O futebol irá perder muito – divagou Alex.

O meia não quis justificar assim a derrota na primeira partida das oitavas-de-final da Copa do Brasil. Mas lembrou que, quando o capitão foi criticado por não marcar gols, antes do início das quartas-de-final do Gauchão, pouco se falou da importância dele no esquema.

Em Curitiba, a dependência ficou evidente. O time de Abel Braga não produziu nenhuma jogada com chance de gol. Errou muitos passes, apelou para chutões e cruzamentos para a área. Faltou a ligação entre meio e o ataque, justamente a função que Fernandão vem exercendo.

Sem ele, as bolas áreas também viraram um problema, já que os baixinhos Nilmar, Iarley, Roger e Alex sempre ficavam em desvantagem na disputa com a zaga paranaense.

Fernandão minimiza ausência

O capitão colorado não acredita que boas atuações estejam ligadas a sua presença. Mas ele mesmo citou que é alvo da marcação individual quando está em campo. Sua movimentação, abrindo espaços para os meias, também é valiosa. 

– Além de ser uma referência, ele tem uma qualidade de passe muito grande. O garoto Roger até entrou bem, mas depois foi deslocado para a esquerda e ficamos sem criação – explicou Iarley.

Na quinta, Fernandão ainda sentiu dores na panturrilha direita. Participou de um treinamento forte, realizou movimentos específicos e muitas corridas. Ainda assim, ele está otimista, como os médicos. Hoje, será a vez de duas sessões de fisioterapia, uma pela manhã e outra antes do treino da tarde.

Quer retornar ao trabalho em que Abel vai definir o time do fim de semana. Se não conseguir, espera livrar-se das dores até amanhã. Afinal, no Beira-Rio todos sabem que, a exemplo do ocorrido com o Grêmio, dois resultados ruins na próxima semana comprometem o semestre. 

– Abril tem uma importância muito grande porque é um mês de decisões – afirmou o capitão reivindicado pela torcida e pelos colegas.

ZERO HORA
 

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