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 | 17/04/2008 01h32min

Clima no Inter fica tenso após derrota para o Paraná

Sem voz, Abel não concedeu entrevista coletiva no final do jogo

Sem voz, Abel Braga não conseguiu dar a sua entrevista coletiva após da derrota por 2 a 0 para o Paraná, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil. Mas algumas atitudes dentro de campo e declarações após a partida mostraram que o resultado deixou o clima tenso no vestiário.


O maior exemplo foi o do sempre cordial Iarley, que perdeu a paciência. Substituído aos 20 minutos do segundo tempo por Adriano, o capitão do Inter seguiu direto para o vestiário. Nilmar chegou a comentar que tratava-se de uma orientação do árbitro, que disse para os jogadores não permanecerem no banco de reservas. Porém, quando foi questionado, o atacante mostrou-se incomodado.

– Não tem nada que explicar, não. É um pergunta que nem deveria ser feita. Termina um jogo em um clima frio assim, se você não vai para vestiário, fica gripado – sentenciou, deixando a área de entrevistas enquanto outra pergunta era feita.

Em campo, jogando mal desde o início, os jogadores não mostraram o equilíbrio de outras partidas. Quando Abel, mesmo sem voz, gritou para Clemer evitar chutões para a frente e jogar pelo chão na hora de repor a bola, o goleiro retrucou veementemente. Argumentou que o gramado estava muito ruim e escorregadio. E as constantes bolas altas deixaram em desvantagem o ataque do Inter, formando por baixinhos: Alex, Roger, Iarley e Nilmar.

A ausência de Fernandão é o mais recente dos inúmeros desfalques que estão deixando o técnico sem opções táticas. Até por isso, Alex saiu em defesa de Abel e não considera que as mudanças do segundo tempo foram responsáveis pelo segundo gol do Paraná, quando Giuliano entrou a dribles pela esquerda da área e só rolou para Fábio Luís marcar.

– Lá dentro a gente errou uma bola parada (falta do primeiro gol). Depois, marcando lá no canto, deixamos o cara passar. O Abel está isento de tudo o que aconteceu – absolveu.

Quanto à tensão, o meia lembrou que futebol não é feito só de alegrias. Acredita que o sentimento foi a prova de que o grupo se importa com o clube e com a torcida.

RÁDIO GAÚCHA
 

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