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 | 14/06/2007 12h41min

Só quatro times venceram o Boca por mais de três gols

Grêmio terá que golear o time argentino para ser tricampeão da América

“É possível fazer uma reviravolta épica”. A frase dita pelo técnico Mano Menezes nos vestiários da Bombonera após a derrota para o Boca Juniors por 3 a 0, no jogo de ida da final da Copa Libertadores, não poderia ser mais apropriada para a missão do Grêmio em busca de seu terceiro título.

Para levantar a taça, o time precisará repetir um feito que apenas quatro equipes conseguiram em 199 jogos do Boca Juniors em Libertadores – vencer por três ou mais gols de diferença. O lado positivo desse retrospecto é que três dessas derrotas aconteceram nos últimos seis anos.

Na atual edição, inclusive, o Boca foi superado pelo Cienciano por 3 a 0, na primeira fase, na altitude de Cuzco. O mesmo placar também foi obtido pelo Deportivo Cali, em 2 de maio de 2001, na Colômbia, em jogo válido pela etapa classificatória.

No ano passado, o Chivas Guadalajara obteve o placar necessário para o Grêmio: 4 a 0 sobre o Boca Juniors, em 2 de junho, no jogo de ida das quartas-de-final. Porém foi de uma equipe brasileira a responsabilidade pela pior derrota sofrida pelo time argentino na história da Libertadores.

Em 9 de março de 1994, o Palmeiras aplicou 6 a 1 no Boca, pela primeira fase. Na época, o Verdão era comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo e chegou ao triunfo com gols de Evair (dois), Cléber, Roberto Carlos, Edílson e Jean Carlo. Martinez anotou o único tento dos visitantes.

Se não bastasse este histórico, o Grêmio não marcou três gols nas 13 partidas que fez na atual Libertadores. Em 106 jogos na história da competição, o tricolor gaúcho obteve uma vantagem tão dilatada como a que necessita na decisão em 11 oportunidades, sendo a última em 8 de maio de 2003, quando bateu o Olímpia, do Paraguai, por 3 a 0, na partida de volta das oitavas-de-final.

Até hoje, apenas duas vezes um time venceu o jogo de ida da decisão por três ou mais gols de vantagem. E em ambos ficou com o título. Em 1993, o São Paulo aplicou 5 a 1 sobre os chilenos do Universidad Catolica e levou a taça mesmo perdendo por 2 a 0, fora de casa. Já em 1976, o Cruzeiro superou o River Plate por 4 a 1, perdeu na volta por 2 a 1 e faturou o título com o triunfo por 3 a 2 no jogo-desempate, pois na época o saldo de gols não tinha validade.

GAZETA PRESS
 

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