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 | 16/02/2005 19h47min

EUA exigem que Síria se retire do Líbano após morte de Hariri

Assassinato ressuscitou lembranças da guerra civil entre 1975 e 1990

Os Estados Unidos exigiram nesta quarta, dia 16, que a Síria tome o assassinato do ex-premiê libanês como uma deixa para pôr fim à sua presença militar no Líbano, que já dura 29 anos.

O secretário-assistente de Estado norte-americano, William Burns, que está em Beirute para o enterro de Rafik Hariri, disse que o mundo vai observar com muita atenção as eleições do Líbano em abril e maio, para evitar interferência síria.

– A morte de Hariri ... deve dar novo impulso para que se obtenha um Líbano livre, independente e soberano, e isso significa a implementação imediata e completa da resolução 1559 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. O que isso significa é a completa e imediata retirada pela Síria de todas as suas forças no Líbano – disse Burns, depois de conversar com o ministro das Relações Exteriores libanês, Mahmoud Hammoud.

Pelo menos 150 mil libaneses transformaram os funerais de Hariri numa demonstração de irritação pública contra a Síria, acusada por líderes da oposição de envolvimento na explosão que matou o ex-premiê. O assassinato ressuscitou lembranças da guerra civil, entre 1975 e 1990, e chamou a atenção para a complicada relação entre Líbano e Síria.

O crime também reforçou a pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos e pela França, para que a França retire seus 14 mil soldados do Líbano, exigência legitimada por uma resolução do Conselho de Segurança adotada no ano passado. Os Estados Unidos chamaram de volta sua embaixadora em Damasco, capital síria, para consultas, depois da morte de Hariri, e autoridades norte-americanas afirmaram que está sendo analisada a possibilidade de impor novas sanções contra a Síria. Burns, que ofereceu seus pêsames à família de Hariri, reiterou a condenação americana do assassinato, e afirmou que o ex-premiê era admirado na Europa e nos Estados Unidos.

– O povo libanês deve ter o direito de fazer suas próprias escolhas políticas e de conduzir as eleições sozinhos, sem interferência ou intimidação estrangeira – disse Burns.

As informações são da agência Reuters.

 

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