A reunião das federações das indústrias dos três Estados do Sul, que terminou no começou da tarde desta terça-feira em Florianópolis, definiu as condições decisivas para afugentar qualquer ameaça de racionamento na região. Redução de 20% no consumo do setor público, importação de energia da Argentina e antecipação na construção de termelétricas. As medidas já haviam sido cogitadas pelos governos estaduais, geradoras e distribuidoras, que também participaram da reunião na Capital catarinense. As ações buscam garantir uma oferta de 3.314 megawatts de energia que afastaria os cortes na região. Medidas, como expediente reduzido ou mudança de horário de trabalho do funcionalismo, dependerão da iniciativa dos governos. As usinas indicadas como prioritárias para ampliar a produção do insumo são a Termo Norte Catarinense (TNC), em Guaramirim, a Termelétrica de Canoas, no Rio Grande do Sul, e a de Araucária, no Paraná. A meta é colocar as usinas em operação em território catarinense e gaúcho em dezembro de 2002. A unidade paranaense, em fase mais adiantada – a de Guaramirim e a de Canoas não saíram da etapa de projetos, é projetada para operar em dezembro deste ano. Os empresários dos três Estados definiram que haverá um fórum permanente para propor saídas técnicas e avaliar os resultados das medidas anti-desperdício. Campanhas para as indústrias racionalizarem o consumo serão realizadas em cada Estado. Os integrantes da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) defenderam mais incentivos para a co-geração de energia com uso de gás natural. Mais: tarifas competitivas de compra de gás do gasoduto Brasil-Bolívia quando os preços praticadas por outros gasodutos forem mais baixos. As lideranças industrias sugeriram que as empresas devem aporveitar também o meracdo interno que pode se abrir com a redução na atividade produtiva no Sudeste, maior vítima do racionamento. Em 20 dias, o grupo deve fazer nova reunião.