O governo federal e as empresas geradoras e distribuidoras de energia voltam a se reunir nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, com o presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGCE), ministro Pedro Parente, para definir a questão da venda e compra de eletricidade por meio do Mercado Atacadista de Energia (MAE). Nesta terça, o ministro apresentou uma proposta sugerindo a supressão do Anexo-5, que estabelece a fórmula para a redução dos valores dos contratos em função do preço do "spot" – preço da energia no mercado atacadista – substituindo-o por outros valores. Hoje o preço do megawatt hora (MWh) está na faixa de R$ 459. O governo propõe, segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências Comercializadoras de Energia Elétrica, Luiz Maurer, que o preço do megawatt hora a ser calculado para o período de racionamento fique nos atuais R$ 459 ou com base em um preço alternativo, de R$ 320. O teto existente atualmente para esse mercado é de R$ 685 pelo MWh. O presidente da Comissão de Infra-Estrutura do Senado, José Alencar (PMDB-MG), pediu, durante a reunião da CGCE, o cronograma de investimentos no setor energético que estão em andamento como forma de avaliar as medidas apresentadas pelo governo para o racionamento de energia. – Queremos um cronograma trimestral para que a sociedade saiba efetivamente o que entra em operação nesse período. Só assim vamos poder mesurar as dificuldades e saber por quanto tempo o Brasil vai ter que enfrentar este problema – disse Alencar. O encontro de hoje reuniu dirigentes e membros das Comissões Técnicas da Câmara dos Deputados e do Senado que tratam de energia elétrica. As informações são da Agência Brasil.