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 | 03/08/2008 02h00min

Time aposta nos gols de cabeça de Marcel para vencer o Vitória

Jogo pela 17ª rodada do Brasileirão será às 16h deste domingo no Olímpico

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Marcel rima com Jardel. Aos 26 anos, o centroavante paulista recontratado este ano pelo Grêmio começa a encantar a torcida pela eficiência nas bolas aéreas. Exatamente como fazia Jardel na década passada.

É pelo alto, com os seus cabeceios, como aconteceu em cinco dos seis gols marcados por ele no Brasileirão, que o time de Celso Roth busca, neste domingo, contra o Vitória, manter-se como líder isolado.


Confira os principais gols de Marcel:

Embora seja boa, a média de gols deste ano ainda está muito distante da obtida no Brasileirão de 2003. Naquele ano, Marcel marcou 21 vezes pelo Coritiba. O que lhe rendeu, além da convocação para a seleção pré-olímpica, uma transferência para o futebol sul-coreana.

— Não é fácil repetir aquele desempenho. Até porque havia 24 clubes, contra 20 este ano. Cada time jogava muito mais partidas — explica.

O bom desempenho nos lances aéreos é herança das categorias de base. Contratado para atuar nos juniores do Coritiba, Marcel teve o potencial descoberto por Leomir, hoje auxiliar de Abel Braga nos Emirados Árabes.

Também foram os cabeceios que o transformaram em ídolo no Suwon Bluewings em 2004. O centroavante marcou 14 gols, sagrou-se campeão sul-americano, mas odiou cada dia vivido lá.

— Não agüentava mais ficar naquele país. A vida é difícil, são outros costumes, outra alimentação, muito apimentada. Só o espaguete me salvava. Fiquei sem comer nas primeiras duas semanas, por causa de problemas estomacais — relata.

O clima também não ajudava. Marcel não se recorda de um dia de céu azul. 

— No máximo, fica meio cinza, não é como aqui no Brasil — compara.

Sua salvação veio pelas mãos de um investidor português, dono de uma rede de hotéis em Lisboa, que pagou 1,8 milhões de euros por seu passe e o levou para a Acadêmica, de Coimbra. Dali, Marcel transferiu-se para o Benfica.

Feliz na primeira temporada, viveu na segunda o mesmo drama de Diego Souza, a quem reencontraria no Grêmio.

— O técnico Fernando Santos não gostava muito de brasileiros — lamenta.

Uma eventual comparação com Jardel o gratifica. Marcel, no entanto, considera quase impossível repetir a trajetória do centroavante cearense, goleador da Libertadores de 1995, hoje em busca de recuperação no Criciúma, depois de viver o drama das drogas.

— O que ele fez aqui foi uma coisa muito grande. Trata-se de um ídolo. Eu, por enquanto, estou apenas começando — diz.


A tabela do Brasileirão:

 

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