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Chávez recebe apoio do Exército no combate à greve

General venezuelano classificou movimento como sabotagem

Fortalecido por uma mensagem do exército venezuelano condenando a greve da oposição que nesta terça, dia 17, completou 16 dias, o presidente Hugo Chávez luta para aliviar as conseqüências da paralisação da indústria petrolífera no país. Em uma mensagem divulgada nessa segunda, o general Julio Garcia Montoya classificou a paralisação do setor petrolífero de "sabotagem contra a principal fonte de renda da Venezuela" e prometeu a Chávez o apoio do exército para os esforços do governo de acabar com a greve.

A paralisação, lançada em 2 de dezembro, elevou os preços do petróleo, que agora ultrapassam a barreira dos US$ 30 por barril. Os grevistas exigem a renúncia do presidente ou a realização de eleições antecipadas. Do contrário, prometem continuar com o movimento, que atingiu outros setores da indústria, fechou lojas e provoca falta de alimentos e de gasolina no país.

Chávez, que sobreviveu a uma tentativa de golpe realizada por oficiais militares em abril, prometeu acabar com a greve e enviou soldados para assumir o controle de navios-tanque, campos de extração, refinarias e portos de abastecimento. Segundo especialistas, porém, os militares não conseguirão por si só operar essas instalações de forma eficiente. Neste dia 17, um funcionário do principal porto da Venezuela afirmou que os carregamentos de petróleo continuavam praticamente paralisados.

Ainda nesta terça, manifestantes saíram às ruas de Caracas para relembrar o 172º aniversário da morte de Simón Bolívar, o herói da independência venezuelana, peruana, equatoriana e colombiana no século 19. Consciente da crise, Chávez fez um desabafo. Em uma entrevista publicada pelo jornal francês Le Monde, o presidente disse que teme ser assassinado.

– Acho que minha morte eventual poderia detonar uma verdadeira guerra civil, por isso eu presto muita atenção.

Em Washington, integrantes do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovaram uma resolução sobre a situação da Venezuela, manifestando seu respaldo à instituição democrática e à gestão do secretário-geral César Gaviria na facilitação do diálogo entre as partes.

O pronunciamento, divulgado após quase 30 horas de sessões ao longo de três dias, admite a possibilidade de abertura de outros canais no sistema interamericano para lidar com a crise, como uma reunião de chanceleres.

 

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