Pela primeira vez desde que a greve geral avançou pela Venezuela, o presidente Hugo Chávez admitiu a possibilidade de renunciar. Quatro jornais dos Estados Unidos divulgam nas edições desta segunda, dia 16, uma entrevista com o líder venezuelano, na qual ele afirma só renunciar caso a violência e os problemas econômicos tornem o país ingovernável:

– Se eu perceber que fracassei, o presidente pode renunciar, mas não se colocarem uma pistola na minha cabeça – declarou Chávez.

Nesta segunda, a Organização dos Estados Americanos (OEA) deve retomar as negociações com a oposição. Depois de 14 dias de paralisação, militares tomaram nesse domingo o petroleiro Pilin Leon, ancorado no lago de Maracaibo, e prenderam a tripulação grevista. A oposição acusou o governo de pirataria.

A interrupção na produção do quinto maior produtor de petróelo do mundo fez o governante anunciar a importação de gasolina. Leite e arroz também serão desembarcados do Exterior.

A greve parece não estar intimidando o presidente. No seu programa semanal de rádio e e TV, o presidente disparou:

– Ninguém na Venezuela pode convocar eleições antecipadas, a não ser que seja com um golpe, como eles já fizeram aqui.

Em abril, Chávez for tirado por 48 horas por meior de uma rebelião militar. A situação nas ruas do país era tensa, com manifestações diárias de opositores e simpatizantes do presidente.

As informações são da agência Reuters.