Discutir os rumos do desenvolvimento econômico do Estado com todas as entidades representativas, sejam elas de empregados ou empresários. Esta é a intenção do governador eleito Germano Rigotto, que nesta quinta, dia 21, cumpriu uma agenda de visitas a centrais sindicais.

Rigotto planeja criar conselhos que reúnam entidades para discutir a situação do Rio Grande do Sul e manifestou o desejo de "escancarar" o diálogo com todos os sindicatos que representam os setores produtivos.

– Talvez não forme um conselhão, mas dois ou três conselhos, criados como resultado destas conversas que estamos tendo, para definição de rumos e, principalmente, entendimento com os setores da sociedade – anunciou o governador.

O novo governador visitou nesta quinta a Força Sindical, a Social Democracia Sindical (SDS), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Autônoma dos Trabalhadores.

No final da tarde, ele se encontrou com dirigentes da CUT, que apoiou a candidatura de Tarso Genro (PT) a governador. O momento mais tenso da reunião ocorreu quando um dos integrantes da executiva estadual, Pedro Pozenato, respeitosamente ponderou sobre o comportamento de Rigotto como deputado federal.

– A CUT tem enfrentado o projeto neoliberal que o Rigotto ajudou a implementar neste país – criticou Pozenato.

Rigotto rebateu a crítica, argumentando que “muitas vezes” votara a favor de teses defendidas pela central, como quando foi contrário à flexibilização das leis trabalhistas.

Na sede da Força Sindical, Rigotto foi saudado pela presidente do sindicato, Esther Machado. Ela pediu ao peemedeista apoio à proposta de emenda constitucional (PEC) estadual que permite aos municípios fixar data e horário de abertura do comércio aos domingos. Rigotto prometeu empenho.

Já à noite, Rigotto se reuniu com o presidente estadual do PPS, deputado federal Nelson Proença, e oficializou o convite para que o partido participe de seu governo. O deputado não deu resposta definitiva, mas adiantou que a tendência é o PPS apoiar o governo sem ocupar cargos.