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 | 17/05/2007 11h50min

Senado instala CPI para investigar crise aérea

Comissão funcionará paralelamente à investigação já iniciada na Câmara

O Senado instala em sessão nesta quinta uma CPI para investigar a crise no sistema aéreo do país. Um acordo entre governo e oposição garantiu o senador Tião Viana (PT-AC) na presidência e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) na relatoria. O governo não tem maioria folgada na Casa e poderá ter dificuldades. A CPI funcionará paralelamente à investigação já iniciada na Câmara.

Durante a reunião para instalação da comissão, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) reafirmou que os trabalhos serão conduzidos com isenção, mas destacou que todos os casos de corrupção devem ser investigados.

– Não vamos macular o governo, mas também não iremos passar a mão na cabeça daqueles que, usando o governo, se locupletaram – afirmou.

O líder do DEM, José Agripino (RN), está otimista com os rumos da CPI. Segundo ele, a Infraero gastou em demasia com obras supérfluas, privilegiando colocação de mármore em aeroportos, quando há problemas nas pistas de pouso e decolagem. A seu ver, tudo isso contribuiu para o caos na aviação aérea e precisa ser investigado.

– Estamos começando os trabalhos sob a égide do entendimento – afirmou

A idéia para agilizar os trabalhos da CPI no Senado é aproveitar o que já foi apurado por TCU, Ministério Público Federal e Polícia Federal. Será pedido o acompanhamento de pelo menos um representante de cada uma dessas instituições para acompanhar a CPI.

Embora estivesse resistindo à idéia de comandar os trabalhos, o petista Tião Viana aceitou a missão do partido. Antes, conversou com Demóstenes e adiantou que não aceitará que a investigação se desvie dos três fatos determinados indicados pelo requerimento de criação da CPI: as causas do acidente do boeing da Gol, as razões do apagão aéreo e os crimes e irregularidades praticados na Infraero.

– Essa não vai ser a CPI do Fim do Mundo. Nosso objetivo não é desgastar ninguém. Essa investigação não vai terminar no Ministério da Justiça ou na Presidência da República – garantiu Demóstenes, que se recupera de uma operação no joelho e foi ao Congresso de cadeira de rodas. Ele espera concluir os trabalhos da CPI antes do prazo de 120 dias.

AGÊNCIA SENADO E AGÊNCIA O GLOBO
 

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