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 | 16/05/2007 23h06min

Fruet diz que governo evitará investigações comprometedoras na CPI

Requerimento apresentado por parlamentares do PSDB foi rejeitado nesta quarta-feira

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) afirmou nesta quarta-feira que a rejeição, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, ao requerimento apresentado por ele e pelos deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Otávio Leite (PSDB-RJ) foi um sinal de que o governo vai agir como um “rolo compressor” e evitará a aprovação de investigações que o comprometam.

– Se nem se pode oficializar as informações que o Tribunal de Contas da União (TCU) já disponibilizou na internet, imagine quando se tentar aprofundar e especificar os pedidos de investigação – disse.

Fruet questionou a forma como a pauta da reunião de hoje foi estabelecida:

– No início, o presidente da comissão [deputado Marcelo Castro (PMDB-PI)] informou que estava disposto a dialogar com todos os parlamentares, da oposição ou da base governista, para estabelecer a pauta. Afinal de contas, quem estabelece a pauta, de quem é o critério e por que impedir que outros temas sejam discutidos e votados pelos parlamentares?

O parlamentar disse que vai sugerir ao presidente da comissão que agende as reuniões em dias em que não haja sessão plenária da Câmara.

A reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo na Câmara terminou na tarde desta quarta-feira sem que fosse votado nenhum dos 39 requerimentos que constavam da pauta. Por aproximadamente uma hora e meia, os parlamentares discutiram a relevância do episódio relatado na segunda-feira pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB), de que o avião do papa tentou, sem sucesso, fazer contato com Cindacta 3, no Recife.

Os requerimentos também não foram votados porque a oposição apresentou um pedido extra-pauta para que a CPI solicite ao Tribunal de Contas da União (TCU) informações de auditorias sobre a Infraero e outros órgão responsáveis pelo setor aéreo brasileiro.

Para o deputado André Vargas (PT-PR), o requerimento extra-pauta apresentado pela oposição impediu que fossem votados os 39 requerimentos que constavam da pauta da quinta reunião da Comissão.

– A oposição está pretendendo botar fogo no circo. Está querendo abrir o foco e fazer guerra política. A organização da pauta compete ao presidente da comissão. Na medida em que a oposição apresentar requerimentos extra-pauta, nós vamos só ficar discutindo isso – defendeu.

Segundo o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), o fato de a comissão não ter votado nenhum requerimento durante a sessão de hoje não impede o funcionamento da CPI:

– Os requerimentos para as próximas duas semanas já foram aprovados e as pessoas que vão prestar depoimentos já estão convocadas e a CPI vai acontecer normalmente, como foi previsto no roteiro já apresentado.

AGÊNCIA BRASIL
 

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