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 | 27/04/2007 20h03min

Oposição quer ampliar foco da CPI do Apagão Aéreo

Já a estratégia do governo é restringir as investigações

O líder do Democratas (ex-PFL), deputado Onyx Lorenzoni (RS), avisou que seu partido quer uma ampla investigação ampla na CPI do Apagão Aéreo, que deverá ser instalada na Câmara na próxima semana. O fato determinado previsto no requerimento de criação da CPI cita a crise no setor aéreo desencadeada após o acidente com o avião da Gol, que deixou 154 mortos, em setembro do ano passado.

– Primeiro, nós temos que verificar tudo aquilo que cerca a segurança de vôo. Depois, as escolhas que o governo faz: por que colocou mais dinheiro em mármore e granito e superfaturou aqueles equipamentos de acesso aos aviões, como no aeroporto de Congonhas, e deixou de gastar dinheiro em equipamento para controlar a segurança de vôo? Depois, nós vamos atrás dos desvios de dinheiro público, que já estão muito claros, quando identificamos na Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) o mesmo 'modus operandi' do mensalão – afirmou.

O líder do PSDB, deputado Antônio Carlos Pannunzio (SP), concorda com Onyx. Ele incluiu a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Aeronáutica no rol de investigação. A oposição também quer focalizar os bastidores da venda da Varig para a Gol.

– A Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil e o próprio Ministério da Aeronáutica vão ter que dar esclarecimentos. Ou seja, nós vamos a fundo em todas as áreas pertinentes ao tema da CPI – ressaltou.

Já entre os governistas, a estratégia será restringir a apuração à crise no tráfego aéreo. O líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ), argumenta que, nesse aspecto, não cabe nenhum tipo de investigação sobre a Infraero.
– A Infraero não tem nada a ver com controle do espaço aéreo brasileiro. Se, por acaso, a CPI enfocar a empresa, estaremos discutindo outras coisas, mas não a crise do setor aéreo, porque a Infraero não administra o espaço aéreo brasileiro – justificou.

O vice-líder do governo deputado Henrique Fontana (PT-RS) está particularmente preocupado com a possibilidade de militares da Aeronáutica serem convocados para depor na CPI.

– Nós vamos procurar trabalhar dentro do objeto. A minha avaliação é que devemos procurar evitar um depoimento desse tipo que foi desenhado: um controlador de vôo sentado de um lado e o Comando da Aeronáutica de outro. A CPI não deve oferecer esse tipo de espaço, na minha opinião – afirmou,

PSDB, DEM e PPS já indicaram seus representantes na CPI. No caso do PSDB, os titulares serão Gustavo Fruet (PR), Vanderlei Macris (SP) e Zenaldo Coutinho (PA). Como suplentes, foram indicados os deputados Carlos Sampaio (SP), Otavio Leite (RJ) e Rodrigo de Castro (MG). O DEM escolheu como titulares Solange Amaral (RJ), Vic Pires Franco (PA) e Vitor Penido (MG), e indicou para a suplência Davi Alcolumbre (AP), Efraim Filho (PB) e Silvinho Peccioli (SP). Já o PPS terá Geraldo Thadeu (MG) como titular e Arnaldo Jardim (SP) como suplente.

AGÊNCIA CÂMARA
 

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