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 | 10/02/2007 18h36min

PT diz que Brasil já tem condições de reduzir taxa de juros

Partido critica conservadorismo do Copom

O documento divulgado hoje ao final do congresso do PT em Salvador critica o conservadorismo do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sobre sua postura com relação à redução das taxas de juros no país. O documento do partido informa que já existem condições para ampliar a redução da taxa de juros, e que isso ajudaria no desenvolvimento do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal..

O PT diz que é "fundamental" a constituição de uma equipe econômica que esteja "afinada" com os projetos do governo Lula.

– Os próximos anos têm que ser marcados por um forte crescimento (não inferior aos 5% anual), que prossiga a expansão do emprego, a recuperação da renda dos trabalhadores e a inclusão social dos milhões de brasileiros que ainda vivem abaixo da linha de probreza –, informa o partido.

O texto afirma que o partido precisa retomar a articulação política com PSB e PC do B, depois do desgaste sofrido com a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, que teve o petista Arlindo Chinaglia como vencedor. O documento ainda crítica à entrega de ministérios a aliados que não entram em sintonia com os demais.

O documento, cujo conteúdo foi antecipado pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini, na sexta-feira, não teve surpresas após as críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez aos petistas na sexta. Em seu discurso, Lula disse que o PT dá tiro no próprio pé em vez de atacar seus inimigos.

O documento petista diz ainda que não concordará com a entrega de estatais e ministérios a aliados sem que haja um compromisso com o "crescimento" do país.

– Por sua importância para a retomada do desenvolvimento e pelos efeitos sociais que produz, os ministérios que se ocupam da infraestrutura - Cidades, Integração Regional, Minas e Energia e Transportes -, bem como as estatais correspondentes, devem ser ocupados por quadros e equipes afinados com os imperativos de crescimento".

Os quatro ministérios citados são ocupados por partidos aliados. Cidades é comandado pelo PP, Integração, por um indicado do ex-ministro Ciro Gomes, Minas Energia está com o PMDB e Transportes com o PL.

O documento afirma ainda que é importante retomar a articulação política com PSB e PC do B, porém não cita a briga entre Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP) pela presidência da Câmara dos Deputados. No entanto, o PT diz que o início do segundo mandato de Lula está marcado "positivamente" por, entre outras coisas, ter conseguido eleger o petista na Câmara.

O PT diz que vai colaborar na implementação do PAC e no processo de engajamento a sociedade na defesa do desenvolvimento com distribuição de renda e riqueza.

 

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