A versão final do documento "Mensagem ao Partido", escrito pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, foi divulgada nesta quinta-feira. A informação é do Blog do Noblat. O texto será apresentado no III Congresso do partido, marcado para junho próximo, e foi assinado até agora pelos governadores eleitos no ano passado: Ana Júlia, Pará,  Wellington Dias, Piauí, e Marcelo Deda, Sergipe, além do vice-governador do Ceará, Francisco Pinheiro.

Dezenove deputados federais, 12 estaduais, 13 prefeitos, cinco membros do Diretório Nacional, (entre eles os ex-ministros Miguel Rosseto e Olívio Dutra), e mais uma dezena de intelectuais – entre os quais Gabriel Cohn, Juarez Guimarães, Luis Felipe Alencastro, Maria Vitória Benevides, Marilena Chaui e Paul Singer – também assinaram o documento. A mensagem será lançada oficialmente em Salvador, neste sábado, quando o partido realizará um encontro do Diretório Nacional.

Na nova versão foram omitidos trechos com críticas mais duras ao partido, A expressão "refundação do partido", que chamou a atenção nas primeiras versões, foi substituída por "reconstruir e assim resgatar princípios e valores no interior do Partido dos Trabalhadores".

Coincidentemente, a corrente Campo Majoritário, que domina a direção do PT, concluiu nesta quinta-feira sua tese. Assim como o manifesto encabeçado por Tarso Genro, a mensagem também será levada à reunião deste sábado. A tese, chamada "PT: Construindo um Novo Brasil! Rumo ao 3º Congresso", admite que em 27 anos de história, o maior erro do partido ocorreu em 2005, com o "mensalão".

A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros não assinaram os documentos das tendências petistas. A única exceção é o ministro Tarso Genro, que assina o documento do Movimento PT, que também foi concluído nesta quinta-feira. No texto, Tarso pede a refundação do partido.

AGÊNCIA O GLOBO