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 | 02/02/2007 13h59min

Líder tucano diz que PFL tem mais culpa do que o PSDB

Pefelistas não apoiaram Gustavo Fruet

O líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), reagiu às críticas da oposição à postura do partido na eleição para a presidência da Câmara, que permitiu a eleição do petista Arlindo Chinaglia (SP). Segundo ele, responsabilidade maior teve o PFL, que não deu apoio ao tucano Gustavo Fruet (PR), que poderia ter ido para o segundo turno. Pannunzio disse que não é justo culpar o PSDB pelos 25 votos a mais que Chinaglia recebeu no segundo turno.

- Qual foi a diferença de votos? 25 votos. Por que dizer que vieram todos do PSDB? Por que culpar o PSDB? Responsabilidade maior teve o PFL, que não apoiou o Fruet e não garantiu a possibilidade de ele ir para o segundo turno - afirmou.

Apesar de dizer que o PFL teve mais culpa que o PSDB, Pannunzio reconheceu que os pefelistas tinham um compromisso com Chinaglia antes do lançamento da candidatura de Fruet e elogiou o partido por honrar o acordo. Apesar da rusga, o tucano não acredita que as posições distintas dos dois partidos no episódio criem seqüelas na relação futura.

- Eu entendo que o PFL tinha um acordo prévio, honrou o compromisso, o que é importante aqui. Agora, esse foi um episódio eleitoral, que se encerrou. Daqui para frente, acho que zera. Estou tranqüilo, da minha parte, tenho boas relações com o PFL - disse.

Pannunzio também defendeu a decisão de seu antecessor na liderança, Jutahy Magalhães (BA), que anunciou apoio a Chinaglia por respeito à proporcionalidade, segundo ele, antes do anúncio da candidatura de Fruet pela terceira via. De acordo com Pannunzio, os tucanos migraram em peso para a candidatura de Fruet assim que ele entrou na disputa.

- Quando a gente fez o acordo com o partido não tinha a candidatura Fruet e o Jutahy fez um acordo com base na proporcionalidade, que é boa para o Parlamento e para o país - disse.

Pannunzio admitiu que houve um racha no partido antes do lançamento da candidatura de Fruet, que foi resolvido assim que o tucano decidiu concorrer. Segundo ele, com a candidatura de Fruet, todo o partido descarregou seus votos no tucano. Pannunzio disse ainda que, com a eleição de Chinaglia, acabou prevalecendo o principío da proporcionalidade.

O líder admitiu o incômodo de o partido ser considerado o responsável pela vitória de um petista para a Câmara, principalmente pelo fato de ter prevalecido o acordo proposto por Chinaglia que deu a primeira vice-presidência para o PSDB. Segundo ele, porém, o embate entre PSDB e PT se dará nas matérias temáticas que tramitarão pela Câmara.

- Como no imaginário popular se confunde a disputa presidencial com a luta ideológica que vamos manter, é claro que me incomoda, mas o embate político, temático, vai continuar existindo, e desse não abro mão, nem o partido - disse.

O líder tucano também não demonstrou preocupação com a presença de um petista na presidência da Câmara, desde que Chinaglia adote uma postura democrática. Ele lembrou que o partido já conviveu com outro petista - o deputado João Paulo Cunha - no comando da Casa.

- Já lidamos com um petista na presidência, não será a primeira vez. Se tiver formação democrática e discutir com os líderes a pauta, atender o clamor popular, não acredito que haverá problema - afirmou.

AGÊNCIA GLOBO
 

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