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 | 30/11/2006 13h57min

PMDB aprova apoio ao governo de coalizão de Lula

Temer disse que união será mantida enquanto durarem os princípios acordados

O conselho político do PMDB aprovou no início da tarde desta quinta-feira, por aclamação, a participação do partido no governo de coalizão de Luiz Inácio Lula da Silva. Houve apenas dois votos contrários: do senador eleito Jarbas Vasconcelos (PE) e do diretório regional de Pernambuco. O diretório do Acre se absteve.

O PMDB vai criar sete comissões para detalhar a proposta de agenda mínima apresentada por Lula ao presidente do partido, Michel Temer (SP), numa reunião na semana passada. O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, será o responsável pela questão tributária. Durante a reunião, o ex-presidente José Sarney (AP) e o senador Pedro Simon fizeram críticas aos desvios éticos ocorridos durante o primeiro mandato petista.

O presidente da sigla avisou que a coalizão será mantida enquanto os itens acordados forem mantidos.

– Nosso compromisso é com esses princípios programáticos. Se eles forem adiante, nosso compromisso segue. Se não, ouviremos o partido para ver o que fazer – informou Temer.

Ele acrescentou que a coalizão é de natureza governamental, e não eleitoral. Questionado sobre a ocupação de cargos no governo, disse que a decisão caberá a Lula.

– Isso pode ser conseqüência da aprovação desse projeto para o país. Mas quem vai definir isso é o presidente da República. É o presidente que vai verificar entre os quadros do PMDB aqueles que ele deseja que estejam ao lado do governo para cumprir esse projeto – afirmou.

Jarbas Vasconcelos, por sua vez, criticou a posição tomada pela legenda.

– Uma decisão errada, esse não é o caminho para o PMDB recuperar o tempo perdido. Não é aderindo ao governo, a Lula, ao PT, que o PMDB vai encontrar o seu caminho. O partido deveria ter um papel de fiscalização e até de oposição ao governo – disse ele.

Apesar disso, o senador eleito ressaltou que não vai radicalizar e que votará matérias que considerar importantes para o país, mesmo que tenham sido encaminhadas pelo Executivo.

– Se Lula mandar reforma, e eu achar que a reforma atende os interesses do país, eu voto a favor. Mas não vou ficar alinhado com o governo e votar o que o governo quer que vote – explicou.

Segundo analistas políticos, a formalização de um governo de coalizão com o PMDB permitirá a Lula um melhor trânsito no Congresso, no qual não possui maioria. Esse panorama, no entanto, muda com a decisão do PMDB de integrar a base do governo. O partido possui a maior bancada da nova legislatura, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados.

AGÊNCIA O GLOBO, AGÊNCIA BRASIL E EFE
 

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