O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quarta-feira, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve definir os nomes para dois ou três ministérios até o final do ano. Segundo ele, as indicações serviriam para dar mais tranqüilidade ao processo de transição para o segundo mandato. Ele não informou quais ministérios terão definidos os titulares.

– A formação do ministério neste ano é diferente da anterior (primeiro mandato). Na anterior, houve a formação de um ministério para buscar maioria no Parlamento. Agora há formação de um acordo, frente de partidos, para que esses partidos sejam responsáveis pela formação da maioria. O ministério deriva de um compromisso com os partidos  diferentemente do que aconteceu no período anterior – afirmou.

Sobre o veto do presidente à gratificação (jetom) dos integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público, o ministro acredita que não ocorrerão divergências entre o governo e o Ministério Público.

– Não deve proporcionar nenhum atrito de natureza política.Os poderes têm de ser respeitosos e harmônicos entre si. Qualquer questão deve ser dirimida pelo diálogo entre os Poderes – afirmou.

Sobre a sucessão na presidência da Câmara, o ministro disse que é natural que comecem a aparecer nomes para a presidência da Câmara, e defendeu negociações até com a oposição.

– Os partidos aliados têm que negociar. E se possível, inclusive com a oposição. Se possível que seja escolhido um nome apoiado por toda a instituição ou pela ampla maioria – afirmou.

AGÊNCIA O GLOBO