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 | 25/10/2006 22h09min

Camila Comin espera se tornar dirigente

Ginasta de 23 anos disputou o último Mundial pela seleção

O Mundial de Ginástica Artística, disputado na semana passada em Aarhus, na Dinamarca, marcou a última participação da paulista Camila Comin em competições de ponta pela seleção brasileira. A ginasta anunciou a intenção de se aposentar ainda durante o evento e marcou para o final da temporada o adeus definitivo.

Mas foi somente na chegada ao Brasil, ao lado da delegação que esteve na Dinamarca, que Comin revelou os motivos para tomar a decisão e os planos para o futuro. Aos 23 anos, garantiu ter chegado ao máximo em sua carreira e optou por mudança radical: a partir de agora, quer ajudar a ginástica de outra forma.

– No ano que vem vou tentar um mestrado em gestão no esporte – disse Comin, dando a entender em seguida que pode se tornar dirigente. – Quero trabalhar para ajudar a ginástica do outro lado, para fazer evoluir ainda mais. Felizmente sempre pude estudar e agora quero tentar este caminho – acrescentou.

A ginasta, que ainda não decidiu se participa dos Jogos Sul-Americanos, em novembro, deixa o esporte com currículo extenso e boas participações como na medalha de bronze por equipes no Pan-Americano de Santo Domingo-2003. Além disso, esteve presente nos Mundiais de Melbourne-2005 e em Aarhus, em que o Brasil foi oitavo e sétimo, respectivamente.

– Acho que saio em boa hora. Participei de duas Olimpíadas e de um momento histórico da ginástica brasileira e me sinto parte dela, sinto que abri portas. Espero que continue assim, porque temos uma renovação boa e a esperança de continuar desta forma – explicou.

Ao falar sobre renovação, Comin se referiu basicamente às duas jovens atletas que estrearam em Mundiais pelo Brasil na Dinamarca. Bruna Costa e Juliana Santos participaram na primeira fase e a primeira chegou até a competir na final por equipes, em que o país terminou com a sétima colocação, a melhor da história.

Em sua primeira grande decisão, porém, Costa não foi bem, sofreu duas quedas e tirou nota inferior às das principais concorrentes. Ainda assim, sua participação foi comemorada por dirigentes e membros da equipe, o que confirma a idéia de trabalho para o futuro. Sobre a participação, a ginasta de 17 anos admitiu o nervosismo, mas garantiu ter vivido um momento especial.

– Foi muito importante a participação. Lá pude competir com as maiores e foi muito legal, elas me ajudaram bastante. Até achei que iria pior, porque estava nervosa, com um pouco de medo na hora (da apresentação). Mas tanto eu quanto a Juliana fomos bem. Só precisamos melhorar muito para chegar no nível delas – disse Bruna.

GAZETA PRESS
 

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