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 | 25/10/2006 20h54min

Alckmin critica Lula por atacar oligarquia tendo apoio de Sarney

Tucano encerrou a campanha falando de ética em comício em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, classificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de arrogante, devidos aos comentários sobre o que fará após as eleições, e acusou o petista de mentir quando discursa contra as oligarquias, tendo o apoio de pessoas como o ex-presidente José Sarney (PMDB).

– Eu acho que ele está arrogante, vestindo salto 15, desrespeitando o eleitor – disse Alckmin, ao chegar para o comício de encerramento da campanha, em São Paulo, referindo-se a declarações de Lula de que "não baterá" nos tucanos após domingo.

– Como sempre mentindo, aliás, é impressionante como não fica vermelho, fala contra as oligarquias, que as oligarquias são contra ele, do lado do Sarney. O mentor do Lula hoje é o Delfim Netto, o homem que assinou o AI-5 – acrescentou, falando do hoje deputado do PMDB, que, durante o regime militar, foi um dos ministros que assinou o ato institucional que aprofundou a ditadura no país.

O candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, fechou sua campanha eleitoral nesta quarta-feira voltando ao discurso da ética. O comício de encerramento da campanha do tucano, realizado no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, acabou no início da noite desta quarta-feira. O encontro teve a presença de aproximadamente 5 mil pessoas, além de lideranças do PSDB como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador eleito de São Paulo, José Serra, e os presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e do PPS, deputado Roberto Freire (PE).

O candidato tucano voltou a falar sobre ética e a saúde. Alckmin afirmou que a saúde retrocedeu no governo atual. De acordo com o ex-governador de São Paulo, saúde avançou apenas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para o tucano, "não se fala mais de genéricos e mutirão de saúde, mas de vampiros e sanguessugas".

Alckmin falou ainda sobre a divisão de classes no país. Ele afirmou que quer ser presidente para diminuir a pobreza e a desigualdade, e que o Brasil não pode ficar divido. Apesar disso, ele disse que se houver divisão, ele prefere ficar do lado dos pobres, pois é mais pobre que seu adversário.

Depois do candidato, o mais contudente no palanque foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que Lula está jogando a sujeira debaixo do tapete.

– E parece um tapete voador, de tanta sujeira que colocaram lá embaixo. O senhor Lula acabou, foi enterrado nos escombros do escândalo – disse FH.

Tanto o ex-presidente quanto Alckmin condenaram o fato do ex-ministro Delfim Neto estar ao lado de Lula neste reta final da campanha. Eles disseram que era uma incoerência do PT, já que Delfim foi "algoz da esquerda" nos tempos da ditadura militar.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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