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 | 25/10/2006 18h22min

Serra desmente acordo para apoiar Lula em segundo mandato

Governador eleito de SP disse que negociações são fantasia

O governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), desmentiu nesta quarta-feira, em Curitiba, que tenha iniciado negociações, junto com o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), para pedir reforço de caixa para obras nos Estados governados por tucanos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em troca de apoio político para Lula num possível segundo governo petista.

– Estou aqui para ajudar a conquistar votos para o Alckmin no Brasil e aqui no Paraná para o Osmar Dias. Tudo mais é fantasia – disse Serra, negando um acordo com o presidente Lula mesmo antes do término do segundo turno.

José Serra, que esteve na segunda-feira na capital paranaense, retornou nesta quarta-feira para pedir votos para o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) e para o candidato ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT). No entanto, fez a caminhada sozinho na maior parte do percurso pelo calçadão de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana, sem a presença de Osmar Dias. Na metade do trajeto, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, acompanhou a caminhada, e justificou a ausência de Osmar Dias alegando que ele tinha "compromissos inadiáveis". Embora estando prevista na agenda do candidato, Osmar Dias deu preferência a conceder entrevistas às rádios do interior do Paraná no mesmo instante em que Serra fazia as caminhadas.

José Serra, que foi recebido por uma banda, voltou a reafirmar que não acredita em pesquisas de intenção de votos e citou como exemplo a expressiva votação do candidato ao senado por São Paulo, Afif Domingos (PSDB), que quase derrotou o senador reeleito Eduardo Suplicy.

– Afif tinha 20% na sexta e 40% no domingo. Se tivesse acreditado na vitória, teria ganho – disse Serra.

O governador eleito de São Paulo acredita no "poder da vontade e da mobilização" para Alckmin vencer.

– Continuo achando pesquisa fotografia, mas as coisas vão se concretizar no domingo – acredita ele.

Questionado sobre a conjugação de forças num segundo mandato Lula e a possibilidade de pedido do impeachment pelo seu partido, Serra foi taxativo:

– A única coisa que acredito é na vitória do Alckmin. Estou trabalhando para isso.

Tudo mais é para tirar o foco e tirar a atenção das coisas que são relevantes.

Serra também foi evasivo ao tratar do pacto federativo num segundo mandato de Lula.

– Vamos esperar segunda-feira o resultado da eleição – resumiu o tucano.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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