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 | 24/10/2006 17h16min

Lula pretende chamar aliados para governo de coalizão

Tarso disse que programa será baseado na promessa de crescimento de 5%

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje que, se for reeleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve chamar nos próximos dias os partidos aliados para discutir um programa e um governo de coalizão. Segundo Tarso, esse programa será baseado na promessa de crescimento de 5% a partir de 2007. O ministro disse ainda que, se sair vitorioso no domingo, Lula deverá tirar alguns dias de descanso e depois deflagrar o processo de negociação com os partidos.

– Se for o vencedor, ele inicia um conjunto de contatos políticos com os partidos e começa a pensar no seu Ministério. O primeiro passo, na minha opinião, logo após as eleições, dando um espaço para o descanso, é o presidente começar a conversar sobre o programa mínimo relacionado com a visão de coalizão. Estimo que teremos 24 ou 48 horas de descanso, depois começaremos a orientar essa hipótese de coalizão – afirmou.

Tarso Genro não acredita que a oposição insistirá no radicalismo e na realização de um chamado "terceiro turno" da eleição caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito no domingo. Para ele, é apenas uma minoria da oposição que se coloca dessa forma. Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o PSDB não sabotará o país, caso Lula vença.

– Parece ser uma estratégia política minoritária da oposição, e tem um viés autoritário que não quer reconhecer resultados eleitorais. Mas o principal líder dessa corrente está aposentado e possivelmente não tenha muita influência – disse Tarso, sem citar nomes, mas possivelmente numa referência indireta ao presidente do PFL, Jorge Bornhausen.

Tarso disse concordar com o vice-governador eleito de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), de que as conversas pós-eleição serão feitas com os partidos, de forma institucional. Na tentativa de restabelecer o diálogo com a oposição depois do segundo turno, Tarso reforçou o argumento de que a troca de acusações durante o período eleitoral faz parte do debate político.

– Não há nenhuma intenção de ofender a personlidade moral das pessoas. O que houve foi um debate político duro, e isso não impede um diálogo democrático depois das eleições. Posso dizer tranqüilamente que, se o presidente Lula ganhar, as forças políticas democráticas vão se sentar para conversar sim sobre os temas da reforma política e do processo orçamentário.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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