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 | 24/10/2006 14h59min

Lula agradece lealdade dos Sarney e pede votos para Roseana

Presidente diz que reconhece amigos em momentos difíceis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio à candidata do PFL ao governo do Maranhão, Roseana Sarney, em comício no início desta tarde em Timon, cidade no norte do Estado que faz divisa com o Piauí. Dividindo o palanque com Roseana, Lula disse que devia lealdade à pefelista e afirmou ser vítima de uma “elite raivosa” que não aceitaria um presidente do “povo”.

- Vim aqui para cumprir um dever de lealdade a essa mulher que foi leal comigo desde 2002. A gente conhece um amigo quando ele está em desgraça, quando é festa, todo mundo é amigo – disse Lula, para em seguida completar:

- Vocês viram o que tentaram fazer comigo: (o que) uma pequena elite raivosa quis fazer comigo. Não aceitam um presidente que quer ajudar o povo. Getulio foi à morte, JK, quase escorraçado, (João) Goulart, exilado.

Lula afirmou que lealdade “a gente não esquece”. E pediu que os eleitores que votarem nele votem, também, na candidata do PFL.

Já Roseana agradeceu apoio de Lula e, discursando sob um calor de mais de 40 graus, disse que votou no presidente nos dois turnos de 2002, no primeiro turno desta eleição e que continuará votando nele, que, segundo ela, é o “melhor para o Brasil e para o Nordeste”.

- Eu acredito no Lula, na sua biografia, ele é o melhor para o Brasil e para o Nordeste, por isso o Maranhão lhe deu 75% dos votos. Não posso prometer que vai dobrar, mas vai aumentar – referindo-se ao número de votos para Lula no Maranhão no segundo turno.

O senador Romero Jucá (PMDB), líder do governo no Senado e derrotado ao governo de Roraima, o senador reeleito José Sarney (PMDB-AP), o governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), o governador reeleito do Amapá, Antônio Waldez Góes (PDT), o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e o secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, também estavam no palanque.

A aliança contraria a regra da verticalização (que proíbe apoios formais diferentes em âmbito nacional e regional), já que, nacionalmente, o PFL faz parte da coligação Por Um Brasil Decente, do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.

A participação de Lula e Roseana no comício teria sido negociada por Sarney, e deve azedar ainda os ânimos do PFL com a senadora. Roseana enfrenta um processo na Executiva Nacional de seu partido, proposto pelo deputado Alberto Fraga (DF), que pede o enquadramento dela por infidelidade partidária, justamente por ter declarado apoio a Lula no segundo turno.

Uma das penas previstas no Estatuto do PFL é a expulsão, mas o processo só deve ser concluído depois do segundo turno. No entanto, a aposta é que dificilmente ela será expulsa, principalmente se for eleita. Mas há rumores de que Roseana poderia deixar o PFL e ir para o PMDB, levando o senador Edison Lobão (MA).

De Timon, Lula segue para Teresina, capital do Piauí, onde fará um discurso na praça Pedro II.

AGÊNCIA GLOBO
 

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