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 | 16/10/2006 20h54min

Coligação de Alckmin denunciará ao TSE suposta operação abafa

Presidentes do PSDB, PFL e PPS vão pedir investigação do dossiê

Os presidentes do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e do PPS, deputado Roberto Freire (PE), vão encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ampliação da investigação sobre o Dossiê Cuiabá, pedindo a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que explique o seu suposto envolvimento, assim como da cúpula da Polícia Federal (PF), numa operação para blindar Freud Godoy, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– Queremos que todos os envolvidos nesta operação abafa sejam convocados, desde o delegado afastado até o ministro da Justiça, como articulador desta artimanha para blindar o senhor Freud – afirmou Tasso.

Freud foi citado nos dois primeiros depoimentos de Gedimar Passos, um dos petistas presos com R$ 1,7 milhão e que depois mudou sua versão, como um dos envolvidos no escândalo da compra do dossiê contra os tucanos.

A oposição foi motivada por uma reportagem publicada no último fim de semana, pela revista Veja, que denuncia a suposta operação. Segundo a revista, três delegados contaram que Freud e José Carlos Espinoza, um ex-segurança e amigo de Lula, teriam tido um encontro reservado com Gedimar na sede da PF em São Paulo, antes deste mudar seu depoimento. De acordo com a reportagem, o ministro da Justiça teria orientado Freud, assim que o escândalo foi detonado.

– Não vamos admitir que a Polícia Federal seja transformada em polícia política do governo Lula. Vamos reagir no Parlamento com todas as armas legítimas de que dispomos, para que ela não siga esse caminho fascista, permitindo o afastamento de delegados independentes e o uso de suas instalações de forma irregular – disse Tasso.

O senador tucano confirmou ainda a decisão do grupo de solicitar à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o acompanhamento das investigações sobre o dossiê, para que iniba possíveis perseguições internas na PF e ajude a dar explicações à sociedade sobre a origem do dinheiro apreendido.

– Não existe mais credibilidade para que o Ministério da Justiça conduza sozinho essas investigações. Está cada vez mais clara a participação do governo para encobrir os responsáveis – acrescentou Tasso.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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