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 | 11/10/2006 14h55min

Rebelo diz que cabe a Alckmin dizer se é a favor ou contra privatização

Parlamentar afirma que não é crime acusar alguém de defender a medida

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não vê problema em dizer que um eventual governo tucano pode vender empresas públicas, e chegou a citar uma carta que teria sido enviada ao PSDB pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que ele defenderia uma nova rodada de privatizações. Aldo disse que ninguém está sendo acusado de um crime, apenas de defender uma medida de governo, e frisou que a privatização já foi adotada no governo passado.

Segundo Aldo Rebelo, cabe ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ir a público mostrar suas posições e dizer se defende ou não as privatizações, como faz Fernando Henrique. Perguntado se a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria usando uma "tática terrorista" ao dizer que Alckmin pode fazer novas privatizações, Aldo respondeu:

– Sou contra qualquer tática que atribua ao adversário aquilo que ele não defende, mas um proeminente líder do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defendeu na carta que enviou ao partido a retomada das privatizações. O candidato Alckmin, se não defende isso, tem que se queixar. Agora, este é um debate importante no país. Já passamos por essa experiência. O debate é legítimo como debate e cada um tem que mostrar suas posições. É do interesse geral do país esse debate – disse o presidente da Câmara.

Aldo Rebelo lembrou que, durante a quebra do monopólio do petróleo, foi preciso um compromisso do presidente Fernando Henrique de que a Petrobras não seria privatizada. Segundo ele, não é crime acusar alguém de defender a privatização, e o debate da matéria é importante para que se saiba as posições de cada um dos candidatos.

– Há correntes sólidas no país que defendem a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal. Se não estão representadas em nenhuma das candidaturas, é isso que temos que saber, por isso o debate. Não se está acusando ninguém de um crime, mas de uma medida de governo já adotada. A não ser que hoje já seja crime acusar alguém de defender a privatização – disse Aldo.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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