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 | 30/08/2006 19h58min

Prefeito do Rio acusa empresa de agir com má fé

Obras de infra-estrutura da Vila Pan-Americana estão paralisadas

Paralisadas desde a última sexta, as obras no entorno da Vila Pan-Americana ainda devem gerar muita polêmica. Nesta quarta, o o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia acusou a empresa Agenco, responsável pela construção dos 17 prédios, de agir com má fé com relação ao contrato de locação do local para a disputa dos jogos Pan-Americanos de 2007.

Maia alega duplicidade no pagamento pelo uso de 10 meses da Vila Pan-Americana. De acordo com ele, os 25 milhões de reais que servirão como uma espécie de aluguel do local não deveriam ser pagos, uma vez que esse valor já seria coberto pela mudança de zoneamento na área, aprovada pela Câmara Municipal da cidade. Em resposta, o prefeito suspendeu as obras de infra-estrutura no local, tais como ruas, dragagem e canalização.

O Ministério dos Esportes, por sua vez, contestou esta versão do município, dizendo que esta mudança de zoneamento não estava prevista como pagamento pela utilização da Vila Pan-Americana durante os Jogos. A Agenco tem a mesma alegação sobre o caso. O local será um condomínio residencial após o término do Pan.

Questionado pela reportagem, César Maia negou que houve demora na intervenção das obras do entorno do local, já que havia suspeitas de irregularidade no pagamento a Agenco.

– Verificar isso não estava no nosso âmbito de responsabilidades. Mas quando a Prefeitura identificou a má fé da empresa imediatamente adotou as providencias – disse o prefeito.

De acordo com ele, o governo municipal só foi consultado com relação ao item obras no momento da assinatura do contrato, feito entre a Caixa Econômica Federal e a Agenco.

– Na verdade a prefeitura foi apenas interveniente no caso das obras. Mas – mesmo usando o argumento deles – se no futuro um ente publico descobrir que está sendo lesado cabe a ele defender os interesses de sua cidade – afirmou.

Consultada pela reportagem, a Agenco procurou não criar polêmica.

– Dada a clareza do contrato consolidado pelas partes, entendemos que deve estar havendo um mal-entendido sobre a questão – explica nota oficial da empresa, que ainda ressaltou que as obras nos prédios da Vila continuam sendo realizadas: os primeiros blocos serão entregues em setembro, enquanto a finalização de outros está prevista para fevereiro.

As obras no entorno, por sua vez, tem data de conclusão prevista para junho de 2007. E, apesar de todos os problemas, Maia diz ainda não saber qual vai ser o desenrolar do caso.

– A prefeitura aguarda o pronunciamento do Tribunal de Contas da União e do Tribunal de Contas do Município – disse Maia, que mostrou otimismo quanto à possibilidade das obras no entorno da Vila Pan-Americana não estarem prontas a tempo. – Não creio nisso – finalizou.

GAZETA PRESS
 

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