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 | 04/08/2006 16h53min

UE prepara estratégia para Cuba caso Fidel deixe governo

Conselho elabora minutas de reflexão para nova política

A União Européia (UE) já trabalha na definição de uma estratégia para suas relações com Cuba em longo prazo devido ao afastamento do presidente cubano, Fidel Castro, por motivo de saúde, disseram hoje fontes do governo finlandês, que ocupa a Presidência rotativa do bloco europeu.

O Conselho da UE (CE, órgão executivo) já começou a elaborar "as primeiras minutas" de reflexão desta nova política, como definiram os ministros de Assuntos Exteriores do bloco no último dia 12.

O andamento dos trabalhos pode ser influenciado pela evolução da situação na ilha, mas a intenção da Presidência é a de que o processo seja rápido e traga resultados ainda este ano, segundo uma fonte do Ministério de Assuntos Exteriores finlandês.

A primeira discussão ministerial sobre a política européia em Cuba não está prevista para ocorrer antes da reunião informal que os titulares da pasta de Exteriores dos 25 países-membros realizarão nos dias 1 e 2 de setembro em Lappeeranta (Finlândia).

Em junho, os ministros europeus decidiram prorrogar por um ano sua atual política em relação a Cuba, que consiste em uma dupla disposição ao diálogo com o regime e com a oposição na ilha.

A nova política de diálogo lançada pela UE, apesar de manter formalmente as metas de sua posição comum sobre Cuba fixadas em 1996 - democratização pacífica, promoção das liberdades e melhora das condições de vida dos cubanos -, parece propiciar uma aproximação.

Em março de 2005, o ministro de Exteriores cubano, Felipe Pérez Roque, chegou a oferecer em Bruxelas um "diálogo sem tabus", caso os governos europeus livrassem o regime cubano da condenação imposta pelas Nações Unidas, o que não foi conseguido. Nos últimos meses, a relação entre UE e Cuba voltou a uma situação de "ponto morto".

Cuba continua sendo o único país latino-americano não vinculado à UE por acordos de cooperação, o único dos 78 membros do grupo da África, do Caribe e do Pacífico (ACP) que não firmou o convênio de Cotonou, que dá acesso a um fundo milionário de ajudas, e sequer aceita a assistência humanitária de países europeus.

AGÊNCIA EFE
 

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