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 | 03/08/2006 23h14min

Exilados cubanos nos EUA reclamam de interferência da Casa Branca

Porta-voz norte-americano advertiu para risco de êxodo em massa rumo à ilha

Ramón Saúl Sánchez, presidente do Movimento Democracia, classificou hoje em Miami de ingerência a advertência dos Estados Unidos de impedir a saída de embarcações do sul da Flórida rumo a Cuba e reivindicou o direito de entrar na ilha. Trata-se de uma tentativa dos Estados Unidos de neutralizar o exílio cubano em seu apoio à "luta cívica pacífica" em Cuba, afirmou Saúl Sánchez, líder de uma das principais organizações do exílio cubano em Miami.

– Vamos exigir do governo norte-americano que não impeça a saída de embarcações já posicionadas (cerca de 15 barcos mais dez aviões) do Movimento Democracia rumo a Cuba – acrescentou.

O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, advertiu na terça-feira em Washington sobre o risco de qualquer tentativa de provocar um êxodo em massa rumo à ilha caribenha. O governo dos Estados Unidos chegou a considerar a possibilidade de um bloqueio naval com seus serviços de segurança costeira para impedir que embarcações tratem de chegar a Cuba vindas do sul da Flórida.

– É importante atualmente dizer ao povo que fique onde estiver. Este não é o momento para que as pessoas tentem se lançar ao mar e saiam dos Estados Unidos – afirmou Snow.

Ao mesmo tempo também evitaria um possível êxodo de cubanos em direção ao estado da Flórida. Sobre isso, Ramón Saúl Sánchez afirmou que o fundamental é que não se restrinja o direito dos exilados cubanos de entrar na ilha, para "lutar com a dissidência interna". O ativista deixou claro que questionará o governo sobre uma cláusula secreta do plano aprovado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que busca impulsionar um processo de transição rumo à democracia em Cuba. De acordo com Saúl Sánchez, tal cláusula permitiria a detenção temporária de dirigentes de grupos do exílio cubano que tivessem o propósito de ir para a ilha caribenha.

– Isso é claramente uma posição de ingerência dos Estados Unidos, que neutralizam a possibilidade de apoiar a dissidência interna – afirmou Sánchez.

AGÊNCIA EFE
 

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