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 | 08/06/2006 10h55min

Recuperação judicial de parte da Varig segue após leilão

Companhia herdará receitas, como os créditos do ICMS dos Estados

O leilão separa a Varig em uma parte boa, livre das dívidas, e outra considerada podre, que herdará o passivo e permanecerá em recuperação judicial. A empresa velha, que estará com as dívidas, vai receber o que for pago no leilão.

Segundo Marcelo Gomes, diretor da Alvarez Marsal, consultoria responsável pela reestruturação da Varig, caso seja vendida somente a Varig doméstica, a parte internacional ficará com as dívidas e operará com os recursos arrematados no leilão. A Fundação Ruben Berta (FRB) - detentora de 87,5% do capital votante da Varig - converterá suas ações em cotas do FIP-Controle (Fundo de Participações e Investimentos) e a gestão da empresa será assumida pelo banco Brascan.

Foram criados outros três fundos para que os credores (fornecedores públicos, empresas de leasing, trabalhadores e o fundo de pensão Aerus) possam converter seus créditos em ações. Quem não quiser poderá parcelar a dívida em até 17 anos, com três de carência. É o caminho escolhido pelos fornecedores públicos (Infraero, BR e Banco do Brasil).

A velha Varig herdará receitas, como os créditos do ICMS cobrado indevidamente por Estados sobre bilhetes aéreos, que superam R$ 1 bilhão, e os créditos pelo congelamento tarifário da ordem de R$ 2,2 bilhões (valores sem correção). Mais tarde, cogita-se um acordo entre o que empresa ganhou na Justiça e o que deve ao governo federal.

Se for vendida toda a operação, a dívida ficará com a Varig Comercial, que seria responsável por venda de passagens, apoio nos aeroportos e receitas dos parceiros do Smiles. Essa empresa receberia os recursos do leilão, ficaria com o FIP-Controle e os créditos questionados na Justiça.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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