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 | 05/06/2002 17h29min

Belo se entrega à polícia no Rio

Cantor, foragido há uma semana, é acusado de ligações com narcotráfico

O cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, de 28 anos, se entregou à polícia no Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira, 5 de junho, segundo a Secretaria de Segurança fluminense. O pagodeiro estava foragido desde a quarta-feira da última semana, quando a Justiça decretou a sua prisão preventiva em razão de suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas. Nesta terça, o cantor teve pedido de habeas corpus negado pelo desembargador Carmine Savino Filho, da 7ª Câmara Criminal. Belo ficará preso na carceragem da Polinter junto a outros 60 detentos. Como não tem curso superior, ele não tem direito à cela especial. 

As suspeitas de envolvimento de Belo com o narcotráfico foram reforçadas na semana passada, depois que um laudo do perito Ricardo Molina confirmou que era o cantor quem conversava por telefone com um traficante do Rio. Nas gravações, feitas com autorização judicial, o homem identificado por Molina como Belo falou com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (Zona Norte). Vado pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, cederia um "tênis AR". Na gíria, "tecido fino" seria cocaína e "tênis AR", um fuzil AR-15.

Belo ainda é suspeito de negociar a cobrança de propina para que delegados abafassem as acusações contra ele. No último domingo, 2 de junho, Alberto Louvera, ex-advogado do cantor, divulgou a gravação de uma conversa entre um outro ex-advogado do artista, Sílvio Guerra, e o próprio Belo. A propina seria entregue aos delegados Álvaro Lins, ex-chefe de Polícia Civil, e Ricardo Hallack, titular da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Em entevista à emissora Rede TV!, Guerra confirmou a gravação, mas justificou que inventou a negociação de suborno para obrigar Belo a pagar seus honorários. Durante a conversa, cuja fita ainda não foi periciada, Guerra informa Belo que ele deveria dar R$ 150 mil para cada um dos delegados. Lins e Hallack também se defenderam das acusações e disseram que nunca receberam o dinheiro.

 

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