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 | 11/05/2006 01h15min

Brasileiros e bolivianos debaterão nacionalização de gás

Nota informa criação de grupo de trabalho envolvendo os dois países

Brasil e Bolívia criarão um grupo de trabalho para discutir as regras para uma transição até ocorra a total nacionalização do gás boliviano. O anúncio foi feito no início da madrugada desta quinta-feira, após uma reunião de cinco horas da qual participaram autoridades dos dois países.

O encontro, que durou cerca de cinco horas, reuniu os ministros de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, e de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andres Soliz, os presidentes da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e da petrolífera boliviana YPSB, Jorge Alvarado. Após o término da reunião, eles divulgaram uma nota oficial.

O grupo de trabalho discutirá as condições para a operação dos negócios durante a transição e como ficarão os contratos para a produção e a comercialização do gás.

"Os participantes da reunião reiteram seu absoluto respeito às decisões soberanas do governo e do povo boliviano" diz a nota. O comunicado confirma a declaração assinada na semana passada em Puerto Iguazu pelos quatro presidentes (Argentina, Brasil, Venezuela e Bolívia) de que a revisão dos preços do gás será feita de forma "racional e eqüitativa".

Ainda nesta quarta, autoridades da Bolívia afirmaram que a revisão do preço de venda do gás natural ao Brasil não seria "uma decisão unilateral" de La Paz. O vice-presidente boliviano, Alvaro García Linera, chegou a dizer que o contrato de compra e venda de gás entre os dois países, vigente desde 1999, "é um acordo de ambas as partes".

O vice-presidente boliviano comentou que compreende a preocupação da Petrobras, porque "certamente verá a redução de parte de seu gigantesco lucro", mas considerou que a empresa recuperou "boa parte de seu investimento".

– Precisamos do investimento da Petrobras, da Repsol, de todas as empresas petrolíferas, mas precisamos do investimento nas condições definidas pelos bolivianos, onde os bolivianos ganhem mais – acrescentou.

No entanto, antes da reunião com as autoridades brasileiras, o ministro dos Hidrocarbonetos admitiu abertamente a possibilidade de a Petrobras receber indenização.

AGÊNCIAS O GLOBO E EFE
 

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