O presidente Fernando Henrique Cardoso anuncia até 5 de junho o início do pagamento das perdas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) provocadas por planos econômicos. Para quem crédito de até R$ 1 mil, FH informará que o pagamento será feito a partir do dia 10, de forma escalonada ao longo do mês, segundo regras que ainda estão sendo definidas. O governo calcula que 48,1 milhões de contas poderão receber o crédito da correção em junho. A estimativa é de que, dos R$ 11,2 bilhões que serão pagos em junho e julho, R$ 8 bilhões poderão ser sacados imediatamente e devem ajudar a aquecer a economia. Os R$ 3,2 bilhões restantes serão depositados nas contas do FGTS dos trabalhadores.

O total das perdas provocadas pelos planos econômicos Verão e Collor 1 é avaliado em R$ 41,4 bilhões. Parte da dívida correspondente a créditos superiores a R$ 1 mil será paga parceladamente – e em muitos casos com deságio – a quem aderir ao acordo. A última parcela de quem tem crédito superior a R$ 8 mil será quitada somente em junho de 2007.   

Para receber o dinheiro, o trabalhador precisa ter aderido ao acordo proposto pelo governo. Quem já sacou o saldo das contas com direito à correção poderá retirar de imediato a diferença que será depositada agora. Os demais precisarão se enquadrar nas condições de saque fixadas em lei: demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria e doenças graves (Aids e câncer) e outras.

O superintendente nacional do FGTS da CEF, Joaquim Lima, afirmou nesta terça-feira, 28 de maio, que a Caixa espera até sexta-feira para fechar o levantamento e incluir o maior número de pessoas que fizeram a adesão nos Correios ou pela Internet. A Caixa já enviou 18 milhões de extratos e pretende encerrar o mês com 25 milhões. A CEF calcula que cerca de 40 milhões de trabalhadores têm direito à correção.