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 | 26/04/2006 16h26min

UE pede a Brasil e EUA que façam ofertas para concluir rodada

Negociações da OMC buscam liberalização comercial

O comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, pediu hoje a Brasil, EUA e outros países que apresentem suas ofertas de liberalização comercial como parte da Rodada de Doha, para que avancem coletivamente e possam chegar a um acordo antes do fim do ano.

– Os movimentos têm que ser feitos de forma ordenada. A era dos movimentos unilaterais terminou – afirmou Mandelson em entrevista coletiva.

A Comissão Européia se reuniu para analisar a situação das negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC). Mandelson afirmou que, apesar de ainda não haver um acordo sobre as regras para a abertura de mercados agrícolas e industriais, "a União Européia (UE) não desistirá" e mantém sua intenção de concluir este ano a Rodada de Desenvolvimento de Doha, lançada em 2001.

Mandelson disse que a UE está disposta a aumentar sua oferta agrícola se outros países cederem, tanto em agricultura (EUA) como em outros setores (Brasil, Índia e China). O comissário garantiu que, nesse caso, tentaria "não dificultar" a união entre a CE e os países do bloco, alguns deles receosos em relação a concessões em agricultura, como a França.

Mandelson destacou que a reforma da Política Agrícola Comum dá margem de manobra à UE.

– A Europa está disposta a dar muito, inclusive mais que outros, mas não em troca de nada – ressaltou Mandelson, que junto à comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, são responsáveis pela negociação na OMC em nome da UE.

Mandelson afirmou que um acordo entre a UE e EUA sobre agricultura "seria um passo adiante", mas não definiria a rodada. Para ele, os países emergentes como o Brasil precisam fazer mais "concessões recíprocas" e abrir seus mercados industriais.

Na Rodada de Doha a UE tem interesse na liberalização dos setores industriais e de serviços. Já os países em desenvolvimento pedem a abertura dos mercados agrícolas e a redução dos subsídios nos países desenvolvidos.
 

AGÊNCIA EFE
 

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