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 | 25/04/2006 17h44min

Reunião da VarigLog com credores da Varig termina sem acordo

Proposta de US$ 400 milhões pela companhia não agradou ao sindicato

Terminou sem acordo a reunião realizada hoje entre credores da Varig e representantes da VarigLog, sobre a proposta de compra da companhia aérea por sua ex-subsidiária de logística. A VarigLog, comprada no ano passado pela Volo Brasil, oferece US$ 400 milhões pela Varig. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, a oferta mais uma vez não agradou os credores presentes.

Na avaliação da sindicalista, nada mudou em relação à proposta original, que prevê a divisão da Varig em duas: uma operacional e sem dívidas, que ficaria com a Volo, e a outra com as dívidas passadas.

– A proposta não mudou em nada. Eles querem usar US$ 50 milhões para dívidas trabalhistas e isso não paga nem 40% que a Varig deve de FGTS – disse.

Segundo ela, a discussão entre o acionista Lap Chan e representantes de uma empresa de leasing foi tensa, com palavrões. O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, também considerou a proposta muito ruim, mesma avaliação de um outro credor privado presente à reunião. De acordo com esse credor, o grande problema é que a Varig "está na UTI, mas ninguém dá o remédio certo nem desliga o aparelho".

Segundo uma fonte ligada à VarigLog, apesar das afirmações dos credores, a expectativa é de que a proposta seja feita e que haja um desfecho favorável na próxima assembléia de credores, marcada para o dia 2 de maio na sede da Fundação Rubem Berta, na Ilha do Governador.

De acordo com Selma Balbino, o consultor Jaime Toscano, que no ano passado tinha feito uma proposta pela Varig no valor de US$ 1,9 bilhão, voltou a apresentar a proposta aos sindicalistas. Representantes dos sindicatos e da Fentac se reuniram com Toscano nesta terça-feira.

No fim de 2005, a proposta foi rejeitada pela Varig porque o consultor não quis revelar a fonte dos recursos e os possíveis investidores. Na reunião que teve hoje com os sindicatos, Toscano, mais uma vez, ocultou o nome dos interessados em injetar recursos na companhia.

– Ele disse que não revela o nome dos investidores, mas nos apresentou um cronograma em que destinaria US$ 500 milhões para o fluxo de caixa da Varig, US$ 120 milhões para o pagamento de dívidas e US$ 15 milhões para débitos trabalhistas. Ele quer apresentar a proposta aos credores e à Justiça. Para quem tem a proposta do Lap, isso é um Papai Noel, e o resto é bruxa – disse.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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