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 | 28/03/2006 20h17min

Netanyahu admite derrota e promete devolver poder ao Likud

Pesquisas dão ao partido 11 ou 12 cadeiras, 30 a menos que em 2003

O líder do partido Likud, Benjamin Netanyahu, reconheceu ter sofrido um duro golpe nas eleições israelenses de hoje, mas atribuiu parte da responsabilidade ao primeiro-ministro, Ariel Sharon, e disse que continuará à frente do partido para "reconstruí-lo". Netanyahu, cuja renúncia era esperada após a derrota, culpou indiretamente o histórico líder Ariel Sharon de ter destroçado o partido quando o deixou para fundar o Kadima, vencedor da eleição, segundo os resultados das pesquisas de boca-de-urna.

– Sofremos um duro golpe, o segundo nos últimos tempos, porque há menos de 100 dias recebi as rédeas do partido depois de o líder anterior deixá-lo roto e esfarrapado – afirmou Netanyahu, em sua primeira reação após conhecer os resultados das pesquisas.

As pesquisas dão ao Likud 11 ou 12 cadeiras, quase 30 a menos que nas eleições de 2003. Assim, ficaria em quarto lugar, superado pelo Kadima, o Partido Trabalhista, e por uma formação de direita nacionalista até agora quase residual, Yisrael Beiteinu, que pode ter obtido entre 12 e 14 cadeiras.

Visivelmente emocionado e após agradecer a seus militantes e voluntários pelo apoio durante a campanha, Netanyahu disse que pensa continuar "o caminho para garantir que o partido se recupere". O líder do Likud se queixou também de ter "sido o alvo de todos os ataques" e acusou a imprensa israelense de promover uma campanha contra ele.

O Likud vinha sendo desde 1977 a força predominante na política israelense. Mas a saída de Sharon para fundar o Kadima, com o qual pretendia iniciar seu plano unilateral de abandono de parte dos territórios palestinos, representou uma verdadeira sangria no partido.

AGÊNCIA EFE
 

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