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 | 12/04/2002 10h07min

General diz que Chávez permanecerá na Venezuela

O ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez permanecerá no país para prestar contas dos incidentes violentos que deixaram saldo de 12 mortos e 110 feridos em Caracas. A informação foi divulgada pelo general venezuelano Luis Camacho Kairuz, ex-ministro da Segurança Cidadã. Segundo Kairuz, Chavez pretendia viajar ao Exterior.

Pressionado pelos militares do país, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, renunciou à presidência por volta da 1h20min desta sexta-feira, 12 de abril (2h20min em Brasília). Assim que a notícia se espalhou, a população saiu às ruas da capital, Caracas, para comemorar. A renúncia ocorreu depois de uma quinta-feira, dia 11, marcada por um megaprotesto contra o governo em Caracas – reprimido com violência pela polícia. Depois da repressão ao protesto, o próprio comandante do Exército venezuelano, Efraín Vásquez, e outros 10 altos oficiais das Forças Armadas, além do vice-ministro da Segurança, Luis Alberto Camacho Kairuz, se rebelaram contra o presidente, exigindo sua renúncia.

O presidente da associação dos empresários da Venezuela, Pedro Carmona, de 60 anos, anunciou que vai presidir o governo de transição civil-militar que administrará o país de forma interina. Carmona disse nesta sexta-feira que seu objetivo será conduzir o país até a realização de eleições livres. Industriais venezuelanos anunciaram que vão suspender a greve geral que culminou com a queda de Hugo Chávez. O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez vai ficar preso no Forte Tiuna, principal fortaleza militar de Caracas.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está preocupada com a situação na Venezuela. O preço do petróleo caiu para menos de US$ 25 em Londres nesta sexta, dia 12, após a renúncia do presidente Hugo Chavez. É a primeira queda desse porte em duas semanas.

 

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