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 | 09/02/2006 16h02min

Exército uruguaio nega movimentação pró-fábricas de celulose

Município de Frei Bento reberá unidades rejeitadas pela Argentina

O Exército uruguaio negou hoje um movimento de tropas a fim de evitar interrupções de estradas e piquetes contra as fábricas de celulose que estão sendo construídas perto da fronteira com a Argentina.

O coronel Eduardo Sleseris, porta-voz do Exército, garantiu que, no caso de haver movimentos de tropas na fronteira, seria pela aplicação das medidas de prevenção pelo foco de febre aftosa registrado na província argentina de Corrientes.

Uma fonte militar que não quis ser identificada informou previamente que quase cem efetivos do Exército tinham sido levados do interior do país para reforçar o quartel de Frei Bento, município em que serão instaladas duas fábricas de celulose rejeitadas pela Argentina.

Este reforço militar era explicado pela fonte devido à previsão de que da margem do país vizinho fosse possível fazer uma invasão de ecologistas que pudesse afetar as instalações das fábricas de celulose Botnia, finlandesa, e Ence, espanhola.

O governo argentino e especialmente os habitantes e o governador da província de Entre Ríos, Jorge Busti, consideram que as duas fábricas contaminarão a região e danificarão tanto o meio ambiente como a economia.

Há dois meses ocorrem piquetes e cortes das rotas sobre o Rio Uruguai, fronteira natural entre ambos os países, e membros da organização ecologista Greenpeace ocuparam durante várias horas os diques da fábrica de Botnia.

O governo uruguaio defende, por sua parte, a instalação das fábricas de celulose e conta com o apoio de todo o conjunto político nacional. Ambas as empresas prevêem fazer um investimento de US$ 1,8 bilhões, a mais alta da história do Uruguai.

AGÊNCIA EFE
 

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