A expectativa de que o Rio Grande do Sul abrigue a nova unidade que a Aracruz deverá anunciar até março concentrou as atenções na inauguração oficial da ampliação da atual fábrica, em Guaíba. A indústria é a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto.

Em solenidade, a empresa anunciou ontem a conclusão do investimento de R$ 150 milhões iniciado no ano passado, que aumentou em quase 10% a capacidade de produção, de 400 mil para 430 mil toneladas de celulose ao ano. Durante a solenidade, o diretor-presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, disse que a empresa está finalizando estudos – viabilidade econômica, impacto ambiental e relações com a comunidade, principalmente ONGs ambientais – para definir a localização.

Outros dois lugares possíveis são Espírito Santo e Bahia, onde a empresa tem unidades. A nova planta é um investimento de US$ 1,2 bilhão e produzirá 1 milhão de toneladas por ano de celulose. O governador Germano Rigotto participou do evento e reforçou o lobby gaúcho, lembrando que o slogan da Aracruz é "Aqui (no Rio Grande do Sul), o futuro tem raízes".

Do investimento de R$ 150 milhões, R$ 50 milhões foram destinados à área florestal e R$ 100 milhões à troca de equipamentos. A ampliação abriu 340 vagas permanentes no setor florestal.

A Aracruz obteve em 2005 lucro líquido recorde de R$ 1,167 bilhão, 9% a mais que em 2004. A produção também foi a maior da história da empresa: 2,7 milhões de toneladas de celulose (incluindo a participação da empresa na Veracel), resultado 12% superior ao do ano anterior.

A Aracruz exporta quase toda a sua produção. A empresa destacou que o ganho recorde foi alcançado apesar da apreciação registrada pelo real, responsável pela redução de sua competitividade no Exterior.