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 | 24/12/2005 19h51min

Defesa de Saddam pede equipe médica independente

Advogados querem examinar denúncias de que tortura contra o ex-ditador

A defesa do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein pediu hoje às organizações internacionais de defesa dos direitos humanos que formem uma "equipe médica independente" para examinar sua denúncia de que foi torturado pelos Estados Unidos.

– Enviamos mensagens a este respeito ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), às organizações de direitos humanos, ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e à Liga Árabe – revelou à EFE o porta-voz dos advogados em Amã, Ziyad Najdawi. – Enviamos mensagens semelhantes à União Européia e à Casa Branca – acrescentou.

As mensagens foram redigidas após a reunião de coordenação que os advogados realizaram este sábado na capital jordaniana, dois dias após a conclusão da sexta audiência do julgamento do ditador e sete de seus colaboradores pelo massacre de 148 pessoas em 1982.

O encontro foi presidido pelo chefe da equipe legal do ex-presidente iraquiano Khalil al-Duleimi e o advogado jordaniano Isam Ghazawi, ambos presentes na sessão na qual Saddam Hussein surpreendeu o mundo ao denunciar que tinha sido agredido. Ele disse ter sido torturado em custódia e que as marcas estiveram visíveis em seu corpo durante oito meses.

No dia seguinte, acusou ainda a Casa Branca de mentir por negar os maus-tratos e afirmou que as lesões haviam sido constatadas por três equipes médicas.

– Foi feita uma campanha, liderada pelo ex-secretário de Justiça americano Ramsey Clark e pelo antigo ministro de Assuntos Exteriores francês Ronald Dumas, para que uma equipe médica independente examine Saddam Hussein – explicou Najdawi.

Clark não compareceu à sessão do último dia 21, mas estará presente na próxima, prevista para 24 de janeiro, explicou o porta-voz. A equipe legal de Saddam Hussein, que tem sua base em Amã, é integrada por vinte advogados, entre os quais se destacam o ex-ministro da Defesa do Catar Najib al Nuaimi, o ex-primeiro-ministro malaio Mahathir Mohamed e o ex-presidente da Argélia Ahmed Bin Bela.

EFE
 

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