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 | 15/02/2008 03h14min

Paulo Roberto Falcão: A primeira morte

O mundo do futebol acha que a carreira de Ronaldo terminou nesta segunda ruptura de tendão patelar, agora no joelho esquerdo. Quando ele arrebentou o joelho direito, muita gente já prognosticou um final precoce, mas, para surpresa geral, ele voltou e teve participação decisiva na Copa de 2002. Mais: manteve-se em atividade nos maiores clubes do mundo, a Inter, o Real Madrid e agora o Milan. Só que agora, aos 31 anos, parece mesmo difícil uma recuperação.

Ontem, antes de ser operado em Paris, ele disse que voltará a jogar. Os médicos, como não poderia deixar de ser, também apostam na sua recuperação e na sua volta ao futebol. Só que o mais provável é o retorno de um jogador diferente, sem a mesma energia. O Ronaldo de antes da lesão já não era o mesmo de outros tempos.

Se voltar, depois deste novo sofrimento, certamente será menos impulsivo, embora sua vontade seja, mais uma vez, contrariar o descrédito. As microlesões minam a saúde de um atleta. Ultimamente, Ronaldo já não vinha conseguindo encadear vários jogos. Atuava uma partida e ficava fora de outras, para se recuperar de torções, estiramentos e contusões. Nunca mais conseguiu entrar em plena forma. Era meio Ronaldo e ainda assim era um jogador preocupante para os adversários. Agora será menos do que isso - e talvez seja um jogador normal, considerando-se a pouca qualidade do futebol atual.

Se parar, Ronaldo terá que passar antes do que previa pelo que sempre chamei de "primeira morte". O jogador de futebol, como alguns artistas que também dependem da forma física, morre duas vezes - a primeira quando pára de jogar e a outra como todos os mortais. Não estou querendo valorizar demasiado a profissão, mas sei bem o quanto é difícil deixar estádios lotados, assédio de torcedores e a vida prazerosa dos treinos e jogos.
Por esta primeira morte eu já passei.

Alguns têm uma passagem serena, outros enfrentam uma transição traumática. quando um jogador encerra a carreira muito cedo, por força de uma lesão, o sofrimento é maior. Quando tem uma sobrevida como Ronaldo e carrega no currículo tantas conquistas, talvez seja menos doloroso. Mas nunca deixa de doer.

Fragilidade
Ouvi várias manifestações depois da vitória sofrida do Grêmio sobre o Jaciara e fiquei impressionado com o reconhecimento do técnico Vagner Mancini de que seu time carece de qualidade. O treinador optou pela sinceridade. Mas disse apenas o que todo o mundo sabe. Talvez não devesse expor esta fragilidade publicamente, isso até pode ser discutido. Só não acho que seja motivo para dispensar um profissional. A não ser que a direção do Grêmio já tivesse concluído que escolheu mal o treinador. De qualquer maneira, é sempre traumático trocar de técnico no meio de competições num momento em que a equipe está sendo recomposta.

Lágrimas
Ontem foi a vez de Romário chorar. Absolvido pelo STJD, ele poderá fazer a sua despedida do futebol do jeito que planejou. Acho que é justo. Uma carreira exitosa como a de Romário merece ser encerrada com futebol.


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