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 | 11/02/2008 16h14min

Marido de Ingrid Betancourt diz que Farc só ouvem Chávez

Juan Carlos Lecompte acredita que um reencontro com sua esposa só será possível graças à mediação do presidente venezuelano

Juan Carlos Lecompte, marido da ex-candidata presidencial franco-colombiana seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Ingrid Betancourt, acredita que um reencontro com sua esposa só será possível graças à mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez. O chefe de Estado seria, afirma Lecompte, "a única pessoa à qual a guerrilha ouve, admira e respeita".

O marido de Betancourt, que nesta terça-feira dará uma conferência em Palma, a capital da ilha de Mallorca, destacou hoje a importância das gestões de Brasil, Argentina e, sobretudo, da Venezuela para que a guerrilha liberte alguns dos seqüestrados.

Em entrevista coletiva, o marido de Betancourt somou aos últimos sinais promissores o anúncio da libertação, "por estes dias", dos ex-congressistas Gloria Polanco, Orlando Beltrán e Luis Eladio Pérez, este último companheiro de cativeiro de sua mulher.

Ele lembrou que no próximo dia 23 se completa o sexto aniversário do seqüestro de sua esposa, uma dos quase 60 reféns políticos das Farc, que no total retêm aproximadamente 800 pessoas.

Lecompte afirmou que "internamente, o problema não vai ser resolvido", principalmente porque o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, "aposta na via militar" e defende a realização de operações de combate na floresta para libertar seqüestrados.

Isso é "condená-los a morte", pois as Farc executam os reféns perante qualquer ataque do Exército.

— Com outro presidente, Ingrid estaria há muito tempo em casa, e os demais seqüestrados também — ressaltou.

O marido de Betancourt falou também sobre a intenção de Hugo Chávez de favorecer a mudança de atitude das Farc com sua exclusão da lista internacional de grupos terroristas.

Lecompte admitiu que se esta guerrilha fosse considerada apenas uma "força beligerante" insurgente, teria que se submeter à Convenção de Genebra e aceitar acordos humanitários como os que os parentes de seqüestrados exigem.

— Para mim, uma organização que tem seqüestrados civis não pode ser um grupo beligerante — segundo o marido de Betancourt, que destacou ainda o apoio que sua causa recebe por parte do governo francês e, em menor medida, de Espanha e Suíça.

Em sua opinião, as imagens de sua esposa e os relatos sobre as humilhações as quais os seqüestrados são submetidos e que foram divulgadas após a libertação de Clara Rojas e Consuelo González, em 10 de janeiro, fizeram a sociedade colombiana despertar.

No entanto, Lecompte lembrou que nenhum parente de seqüestrado participou das manifestações realizadas na Colômbia, pois na convocação não se respaldava diretamente o "acordo humanitário" o qual defendem.

EFE
EFE / 

Ex-candidata está em poder dos guerrilheiros há mais de seis anos
Foto:  EFE


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