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 | 18/07/2007 14h08min

Mosiah garante que ainda vai competir por muito tempo

Medalha de ouro na barra fixa, ginasta retorna hoje à Porto Alegre

O medalhista de ouro Mosiah Rodrigues na barra fixa da ginástica dos Jogos Pan-Americanos, entre uma entrevista e outra, encontrou um tempo para uma entrevista online com o clicRBS. Aos 26 anos, o ginasta agora traça como meta obter vaga na Olimpíada de Pequim e não pensa em parar.

– O campeão individual geral em Santo Domingo, um cubano, tinha 32 anos. Ainda vou competir muito! – afirmou. – Estou voltando hoje pra Porto Alegre. Fico até domingo e depois vou para Curitiba treinar para o Mundial que classifica para a Olimpíada de Pequim – concluiu.

Sobre a disputa na barra fixa, Mosiah disse que venceu quem errou menos e não contou a possibilidade de erro dos norte-americanos. Ele creditou à torcida, que empurrou a equipe brasileira como um todo a sua motivação. Porém, Mosiah revela a ansiedade de ter sido o primeiro a se apresentar e ter que aguardar todos os outros competidores:

– Essa ordem é um sorteio. Mas sempre é ruim ser o primeiro, aliás, acho que nunca fui o primeiro a competir. É ruim porque é preciso esperar todos competirem para tu saber, afinal, qual o teu desempenho. Sobre a pressão, a gente acostuma. Tem que saber controlar – avalia.

Ainda sobre o público, o gaúcho medalha de ouro disse que o público do Pan faz a diferença em relação às outras competições da ginástica.

– O público europeu assiste ginástica em silêncio. O brasileiro tá acostumado a torcer para o futebol e está levando esse modo para os outros esportes. Para mim, motivou muito. Acredito que para os adversários deve ter atrapalhado.

Confira a íntegra da entrevista online:

clicRBS – Em primeiro lugar, parabéns pelo ouro! Mosiah, como foi a disputa da barra fixa?
Mosiah Rodrigues
– Haviam seis atletas com chances de ouro na barra fixa. Ganhou quem não errou. Ainda bem que fui eu!

Internauta pergunta – Você esperava que os dois norte-americanos errassem?
Mosiah
– Não esperava, não. Mas a gente só tem uma chance de fazer a série. Talvez eles tenham sentido um pouco a pressão da torcida. Para mim foi ao contrário, motivou bastante.

clicRBS – A barra fixa era o aparelho em que você estava mais confiante?
Mosiah
– Era sim. É o aparelho que eu tenho mais segurança. Consegui me sair melhor, fazer a série mais bem feita.

clicRBS – Na final da barra fixa de ontem, como foi ser o primeiro a se apresentar e ter que esperar as notas dos demais? Você está acostumado com essa pressão?
Mosiah
– Essa ordem é um sorteio. Mas sempre é ruim ser o primeiro, aliás, acho que nunca fui o primeiro a competir. É ruim porque é preciso esperar todos competirem para tu saber, afinal, qual o teu desempenho. Sobre a pressão, a gente acostuma. Tem que saber controlar.

Internauta pergunta – Em entrevista que você deu na TV, você esperava que sua nota fosse maior? Qual erro na sua apresentação você acha que teve que possa ter de descontado pontos?
Mosiah
– Poderia ter melhorado a aterrissagem na saída da barra fixa. A nota poderia ter sido maior se não fosse essa falha.

Internauta pergunta – Qual é a sensação de ganhar a medalha de ouro para o Brasil, e também para o Rio Grande do Sul, tendo como adversários dois norte-americanos que teoricamente eram "superiores"?
Mosiah
– É ótimo, sempre é bom ganhar dos "gringos". É uma honra também trazer uma medalha para o Estado. Estou voltando hoje pra Porto Alegre! Fico até domingo e depois vou para Curitiba treinar para o Mundial que classifica para a Olimpíada de Pequim

clicRBS – Mosiah, e a churrascada ontem à noite? Aquela baita picanha teve sabor de ouro?
Mosiah
– Comi três pedacinhos de picanha e tive de embora correndo para o Sportv. Mas tava bom!

clicRBS – Além do ouro, qual foi um outro momento marcante para ti nos Jogos?
Mosiah
– Foi a competição por equipe, no sábado, porque a gente ficou pertinho do ouro por três décimos.

Internauta pergunta – Tu estás em idade considerada relativamente alta pra ginástica, não é? Tu pretende competir até quando? Já tem planos pra sua vida depois que parar de competir?
Mosiah
– O campeão individual geral em Santo Domingo, um cubano, tinha 32 anos. Ainda vou competir muito!

Internauta pergunta – Qual é a tua perspectiva para a Olimpíada de Pequim?
Mosiah 
– Para Pequim, quero me classificar para a competição individual geral. Primeiro, é classificar mais de um atleta do Brasil, o que seria inédito.

clicRBS – Pra finalizar, o público do Pan 2007 tem alguma diferença em outros públicos da ginástica? E mais, o barulho não pode atrapalhar a concentração dos ginastas?
Mosiah
– Fez toda a diferença. Com certeza, o público europeu assiste ginástica em silêncio. O brasileiro tá acostumado a torcer para o futebol e está levando esse modo para os outros esportes. Para mim, motivou muito. Acredito que para os adversários deve ter atrapalhado.


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