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 | 26/05/2006 20h12min

Uma Seleção que vale ouro

A seleção brasileira é uma máquina de fazer dinheiro.  Não é por acaso que a CBF é considerada a confederação de futebol mais rica  do mundo. E dona do time mais caro. Todos os 23 atletas que disputarão a Copa  da Alemanha valem aproximadamente R$ 400 milhões. Por isso, os patrocinadores são fortíssimos.  

Os contratos são com a Nike (R$ 28 milhões anuais), Ambev (R$ 23 milhões por  ano), Vivo (R$ 11 milhões) e Varig (R$ 10 milhões). O presidente da CBF, Ricardo  Teixeira, pode ficar sentado que o dinheiro o procura. Um exemplo é a estadia em Weggis. Outro é a premiação pelo hexacampeonato, que vai valer o mesmo que o penta: R$ 200 mil.  

– Desde que o Brasil ganhou a Copa de 2002, não pararam de surgir propostas de cidades oferecendo dinheiro para nos hospedar. Foram mesmo mais de 40. Eu  visitei seis lugares na Europa antes de recomendar Weggis. Vim para cá três vezes sentir se teríamos tudo o que precisávamos. E tinha. Até hoje recebi consultas  se a seleção não pretende ficar alguns dias em outra cidade antes da Copa. Todos  querem ver os nossos jogadores – diz, orgulhoso, Américo Faria, administrador  da seleção.  

Para Weggis ter a seleção, foi preciso um pool de empresas se juntarem para  pagar os R$ 6 milhões exigidos por Ricardo Teixeira. A principal foi a indústria  Thermoplan, que construiu o estádio com capacidade para cinco mil pessoas -  mil a mais que a população inteira da cidade. O cassino de Lucerna se juntou à Volkswagen, com as empresas de telefonia Sunrise e Mobile Zone e ainda a fábrica de material esportivo Ochsner. Por trás do acordo  está o prefeito populista Kaspar Widmer.  

A Copa do Mundo é sinônimo de mais dinheiro para a CBF. Ele vem de todos os  lados. A Fifa gastará só em premiações cerca de R$ 650 milhões com as 32 seleções  que disputarão a competição.  

– Só para participar do Mundial, recebemos um milhão de francos suíços (cerca  de R$ 1,85 milhão). Cada partida da primeira fase vale dois milhões de francos  suíços, vamos ganhar no mínimo mais seis milhões (cerca de R$ 11,1 milhões).  A premiação vai aumentando com o passar da Copa. Quanto? Não lembro – sorri,  desconversando, Américo Faria.  

Quem chegar até a final e vencer ganhará cerca de R$ 49 milhões. A premiação  da seleção brasileira está decidida há mais de um ano. Será anunciada até o fim de semana aos jogadores.

– O Brasil não começa nunca uma competição sem saber quanto receberá se conquistá-la – avisa o administrador da CBF.  

Ricardo Teixeira decidiu que a quantia distribuída na Copa de 2002 foi boa e será repetida. O hexacampeonato, incluindo premiação e direito de imagens,  valerá R$ 200 mil, proporcional ao número de jogos. Atualmente, a seleção cobra US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,3 milhões) por amistoso. Mas Ricardo Teixeira irá aumentar a quantia pedida em caso de outra conquista  de Copa do Mundo.  

Agência Estado
 
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