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 | 20/03/2006 17h30min

Governo brasileiro monitora rotas de aves migratórias

Medida procura prevenir chegada do vírus H5N1 ao país

O governo federal está monitorando nove rotas de aves migratórias como forma de prevenir a entrada do vírus da gripe aviária no Brasil. A informação foi divulgada nesta segunda, dia 20, pel o secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Maciel.

O monitoramento é feito nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará e Amapá, a partir de um trabalho conjunto realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ibama e universidades.

As aves migratórias são consideradas o principal fator de difusão da influenza aviária, pois são hospedeiras naturais do vírus, embora muitas vezes não apresentem sintomas da doença.

– O monitoramento é uma forma de dar tranqüilidade à população quanto à situação sanitária das aves do país – explicou o coordenador de Sanidade Avícola do ministério, Marcelo Mota.

Ele acrescentou que em abril termina o ciclo de migração das aves e que o governo faz o monitoramento das rotas desde 2003. Como ação complementar, o Ministério da Agricultura também está disponibilizado às superintendências federais de agricultura em todos os Estados os dados coletados por meio do georeferenciamento das granjas.

– Estas informações do georeferenciamento são coletadas desde 2004 e vão para a base de dados das superintendências – afirmou o coordenador.

Termina nesta terça o prazo para envio ao ministério das propostas à consulta pública do Plano Nacional de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle e Prevenção de Influenza Aviária. O plano define estratégias de ações preventivas aplicáveis em todos os Estados do país, inclusive a regionalização do status sanitário em relação à infuenza aviária e newcastle.

Gabriel Alves Maciel informou que nesta quarta a Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (ABEF) e a União Brasileira de Avicultura (UBA) vão se reunir para avaliar a versão final do plano.

– Os criadores levantaram uma questão legal. Precisamos discutir regras de transporte de aves vivas em movimentações interestaduais, o que é difícil em se tratando de ações contra uma doença que ainda não chegou ao país – adiantou Maciel.

Fazem parte do Plano Nacional de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle e Prevenção da Influenza Aviária a Secretaria de Defesa Agropecuária, com o Departamento de Saúde Animal e a Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial, as superintendências federais de Agricultura, as secretarias de Agricultura estaduais e seus órgãos de defesa sanitária animal, além de representantes da iniciativa privada.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
 
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