Para o ouvidor da Secretaria de Justiça e Segurança, Jaime Eduardo Machado, a atitude da polícia no episódio de ontem no Beira-Rio foi despropositada. Na avaliação de Jaime, mesmo que os policiais tenham reagido a agressões de torcedores do Inter, acabaram comprometendo a integridade física de terceiros, com o uso de balas de borracha e gás lacromogênio. O ouvidor, inclusive, alerta que o uso destes recursos é adequados para ambientes onde é possível haver a dispersão das pessoas.

Jaime Eduardo destaca que as pessoas que estavam nas arquibancadas e cadeiras do Beira-Rio estavam desarmadas, já que são revistadas pelos próprios policiais na entrada do estádio. Por isso, em sua avaliação, elas deveriam ser contidas com armas brancas, e não com as bombas e balas de borrachas, que atingiram pessoas inocentes.

– Nisso reside o exagero, e nisso reside a necessidade de que haja a responsabilização dos agentes que, na ocasião, procederam desta forma e deveriam estar observando a orientação do comandante na ocasião (major Minuzzi) que, como se sabe, já foi inclusive afastado, por cautela – afirmou Jaime Eduardo.

O ouvidor demonstrou grande preocupação com os cidadãos que sofreram danos físicos, materiais e psicológicos. O que afirmou veementemente ser responsabilidade do Estado, que deverá reparar estes prejuízos.