O Figueirense largou com derrota no returno do Campeonato Brasileiro. Na noite desta quinta, dia 25, o time catarinense perdeu em casa para o Atlético-MG por 1 a 0 e agora é penúltimo na classificação com 19 pontos. Catanha foi o autor do único gol da partida, aos 17 minutos do primeiro tempo. O Galo, por sua vez, ultrapassou o Figueira e está no 20º lugar com a mesma pontuação.

Com um jogador a mais no segundo tempo – após a expulsão de Fábio Baiano logo aos dois minutos – o Figueira ainda teve chance de empatar com uma penalidade do goleiro Bruno em Adriano, aos oito minutos. O lateral Michel Bastos foi para a cobrança, mas chutou rasteiro no canto esquerdo e permitiu a defesa do arqueiro do Galo.

Com o resultado, o técnico Adilson Batista segue sem vitórias diante do comando alvinegro. O treinador estreou na derrota para o Santos por 4 a 3, na Vila Belmiro, e agora amargou mais um revés em seu primeiro jogo no Scarpelli.

Há pouco mais de uma semana no cargo de técnico alvinegro, Adilson Batista acredita na recuperação do time e vai trabalhar para alcançar esse objetivo.

– Cabe a nós reverter. Temos que procurar mostrar o que é certo e corrigir – afirmou.

Em busca da recuperação, o Figueirense se prepara para o jogo contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, no próximo domingo, às 16h. No mesmo dia e horário, o Galo recebe a Ponte Preta.

Na partida desta quinta, o Figueira teve dificuldade em enfrentar a marcação do Atlético-MG e passou dificuldade para tocar a bola no meio-campo. Conseqüentemente, pouco criou. Um dos raros lances empolgantes do jogo aconteceu aos 12 minutos do primeiro tempo, com um voleio de costas do atacante Alexandre, que saiu por cima da meta de Bruno.

Ainda esperançosa após o bonito lance do ataque alvinegro, a torcida tomou uma ducha de água fria cinco minutos depois. Após cobrança de escanteio da direita de George Lucas, Catanha subiu sozinho e abriu o placar para o Galo no Scarpelli.

Aos 27 da etapa inicial, um lance polêmico agitou os jogadores e a arquibanca. Depois de um ataque do Figueira, Edmundo interceptou a bola da mão do goleiro Bruno, que se preparava para dar um chutão. O atacante, livre, tocou para dentro do gol. A torcida chegou a comemorar, mas a arbitragem anulou o lance alegando falta de Edmundo.

No segundo tempo, o técnico Adilson Batista fez duas alterações na equipe na tentativa de reverter o quadro do jogo. Trocou o volante Axel pelo lateral Paulo Sérgio e sacou o meia Fernandes para dar chance ao atacante Adriano.

A etapa final ainda estava nos primeiros minutos, quando o Figueira ficou em vantagem numérica. Fábio Baiano – que já tinha um cartão amarelo – acertou o rosto de Bilu e foi expulso logo aos dois minutos.

Além de ficar com um a mais em campo, o time do Scarpelli também teve um pênalti a favor logo em seguida. Bruno derrubou o atacante Adriano, em uma falta inconstestável na área. Michel Bastos desperdiçou a cobrança – bateu rasteiro no canto esquerdo, o mesmo escolhido por Bruno – e a grande chance de reação do time na partida.

Depois, ao longo da etapa final, o confronto se resumiu em um jogo de ataque do Figueira contra defesa do Atlético. O técnico do Galo, Marco Aurélio (e ex-Figueirense), tratou de reforçar a marcação, com a troca do lateral George Lucas pelo zagueiro Henrique.

O Figueira pressionou, mas não teve tranqülidade nas chances criadas para empatar. Em uma delas, aos 26 minutos, Bilu bateu de fora, o goleiro bateu roupa e Adriano, livre, não dominou na pequena área.

Do outro lado do campo, o Atlético se defendeu como pôde e chegou a assustar com um contra-ataque no último minuto, que foi afastado pela zaga alvinegra.