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 | 20/06/2005 22h59min

Vitória de Hariri dá maioria a anti-sírios no Líbano

Partido de filho de premiê morto levou 28 cadeiras no Parlamento

Com a vitória dos candidatos de Saad Hariri nas eleições parlamentares no Líbano, cujos resultados definitivos foram divulgados nesta segunda, dia 20, o país terá, pela primeira vez em três décadas, uma Câmara dominada pelos grupos de oposição à Síria. Segundo dados oficiais anunciados pelo ministro do Interior, Hassan Sabeh, a coalizão anti-síria liderada por Saad Hariri, filho do ex-primeiro-ministro assassinado Rafik Hariri, levou as 28 cadeiras em disputa nos dois distritos do norte do país, neste domingo, último dia de eleições parlamentares.

As listas lideradas por Hariri concorriam com o grupo do ex-ministro pró-sírio Suleiman Franyie – apoiado pelo general Michel Aoun –, que venceu em três dos sete distritos de Monte Líbano e do Vale de Bekaa no pleito do dia 12 deste mês. A vitória no norte permite à coalizão de Hariri ficar com 72 cadeiras na Câmara, enquanto os grupos xiitas pró-sírios Amal e Hizbollah terão 35, e os deputados fiéis a Aoun, exilado nos últimos anos de presença militar de Damasco no país, controlarão 21 assentos no Legislativo.

O grande vencedor do pleito, realizado durante quatro semanas, foi Saad Hariri, que chega pela primeira vez ao Parlamento, mantendo a linha política de seu pai. A sombra de Rafik Hariri esteve muito presente durante as eleições. O assassinato dele levou à união da oposição libanesa e à retirada dos soldados e agentes sírios do Líbano, em abril. Mas ainda resta saber como será formado o novo governo, pois Aoun, que controlará parlamentares cujos votos são necessários para alcançar a maioria absoluta, afirmou que permanecerá na oposição.

Aoun acusou seus rivais de corrupção e de terem um discurso baseado nas confissões religiosas, e disse que formaria um "verdadeiro partido político", pois a metade da população libanesa, que ele disse representar, sente-se marginalizada após as eleições.

Pela primeira vez, o Parlamento terá cinco mulheres: Nayla Moawad e Solange Gemayel (esposas dos ex-presidentes assassinados René Moawad e Béchir Gemayel, respectivamente), Bahia Hariri (irmã de Rafik Hariri), Genua Jalul (da Corrente do Futuro) e Strida Geagea (esposa de Samir Geagea, líder miliciano que permanece preso).

As informações são da agência EFE.

 
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